18 de agosto de 2016 | N° 18611
OLIMPIANGERS | Marcos Piangers
Mito ou verdade?
Os Jogos estão se encaminhando para seus últimos dias e já começam a aparecer balanços na mídia estrangeira. O repórter do jornal inglês The Guardian é só elogios, dizendo que o Rio 2016 calou a boca de muitos céticos. Para o Washington Post, a história não foi bem assim. “Há roubos e acidentes com cabos (…), há roubos desenfreados (…), os atletas ficaram doentes por causa da má qualidade da água”, escreveu a repórter Sally Jenkins.
A maioria dos brasileiros ainda está envolvida pelo clima olímpico, feliz com todas as medalhas inesperadas e com o clima no Rio. Mas muita coisa surreal aconteceu durante os jogos. Fomos até as ruas da cidade pra falar das manchetes mais surreais e perguntar para as pessoas se elas acreditam se são verdadeiras.
> No primeiro dia de competição no Engenhão ninguém tinha a chave do estádio e foi preciso chamar os Bombeiros para arrombarem o portão;
> No segundo dia de Jogos no Parque Olímpico, faltou água e comida nos bares;
> Um atleta de esgrima levou o celular para a competição (isso é o que eu chamo de vício!);
> Uma noiva alcoolizada invadiu uma transmissão da BBC ao vivo no meio da praia de Copacabana;
> Um atleta holandês favorito para o ouro em argolas foi desclassificado, porque bebeu demais na noite carioca;
> Uma câmera suspensa da Olympic Broadcast System caiu no Parque Olímpico, ferindo duas pessoas.
No entorno do Parque Olímpico, é possível ver placas e manifestações de moradores que tiveram de se mudar daquelas áreas em função das olimpíadas. Um cartaz diz: “69 mil pessoas removidas no Rio. Mais de 22 mil histórias de vida interrompidas”. Outro cartaz cita que “mais de 22 milhões de m2 de terras públicas serão passadas para a especulação imobiliária”. Algumas pichações se espalham pelo local com as palavras “limpeza étnica” .
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