16 de agosto de 2016 | N° 18609
MUNDO NO RIO | Marcos Piangers
Os arcos e as cores
Espalhados por pontos estratégicos do Rio de Janeiro, os anéis olímpicos são a alegria dos turistas. Filas se formam para que cada família ou casal possa tirar uma selfie na frente das argolas que são o símbolo dos Jogos. Porém, será que todos sabem qual o significado dos arcos?
– Cada um representa os elementos sol, água, terra – disse um turista.
– A preta é a África – arriscou outro.
– Não faço ideia – reconheceu um terceiro.
Em tempo: os arcos simbolizam os cinco continentes (Américas, Europa, África, Ásia e Oceania) e suas cores são a representação das cores das bandeiras de todos os países do mundo.
Perguntados sobre qual era o lema olímpico, nenhum turista soube responder corretamente. “Paz entre os povos?”, tentou um. O certo seria “mais rápido, mais alto, mais forte”, ou, em latim, “Citius, Altius, Fortius”.
MITOS E SEGREDOS
O sul-africano que bateu o recorde mundial nos 400m chegou tão na frente dos outros corredores que pensei: “O que esse cara tomou?!”. É tão chocante ver Phelps e Bolt chegando tão na frente dos demais que é impossível não achar que existe algo, um segredo, uma genética, uma artimanha ou um dom divino inexplicável. Bolt venceu a semifinal de 100m rasos sorrindo! Phelps chegou em algumas provas com mais de um corpo de vantagem. E esse Van Niekerk passeou pela pista para quebrar o recorde do Michael Johnson, que durava desde 1999 – para os mais novos, esse cara é um mito do atletismo, cinco vezes campeão olímpico e, sim, foi pego no doping.
A própria forma como a gente fala de doping (“foi pego!”) leva a crer que alguns atletas não sejam pegos.
Bolt, Phelps e Niekerk são máquinas de desempenho muito acima da média. Quero acreditar que eles são a prova de que não é necessário substância alguma para poder ser o melhor do mundo. E que a contra-prova não nos tire essa esperança.
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