sábado, 31 de maio de 2014


31 de maio de 2014 | N° 17814
NÍLSON SOUZA

DIÁRIO DE UM CONTADOR

Termo de abertura – Contém o presente texto 1 (uma) página tipograficamente numerada, compondo o diário único do autor acima identificado, residente nesta cidade e neste Estado, com seu contrato emocional arquivado na Junta Confidencial sob número indefinido, inscrito no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jornalística) sob número racional, ou irracional, tanto faz.

Brinco com a terminologia da profissão que não exerci, pois muito cedo troquei a Contabilidade pelo Jornalismo. Mas foi o curso técnico daquela escola pública de periferia que me capacitou a enfrentar o vestibular e a concluir a universidade. 

Confesso que nunca preenchi completamente os livros Diário e Razão, que são as bíblias da Contabilidade. Mas aprendi a fazer registros e lançamentos contábeis, a fechar balancetes e balanços, a calcular receitas e despesas, a identificar ativos e passivos – e me tornei um contador de histórias.

Pois a história que conto hoje é também um registro imensurável de agradecimento. Neste sábado, estarei na Escola Municipal de Educação Básica Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, que está completando 60 anos de existência. Lá, eu e outros ex-alunos estaremos celebrando a bênção de termos encontrado na nossa juventude uma porta aberta para o conhecimento, colegas para sempre e mestres dedicados, aos quais homenagearemos na pessoa do extraordinário professor Harry Rodrigues Bellomo.

Volto ao meu imaginário livro Diário.


Termo de encerramento – Contém o presente registro 1 (uma) página tipograficamente numerada, compondo o diário de saudade e gratidão deste escriba pelas lições, pelo carinho e pelas amizades que encontrou na sua antiga escola.

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