quinta-feira, 15 de maio de 2014


15 de maio de 2014 | N° 17797
PAULO SANT’ANA

Jantar com Dilma

Hoje à noite, 19h30min, estarei jantando com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.

Foi um gentil e atencioso convite da presidente a este colunista.

Suponho que a presidente Dilma vá, no decorrer dessa audiência, me expor a conveniência da realização da Copa do Mundo no Brasil, qualificando de propícia a competição a ser realizada aqui.

Vou ouvir respeitosamente a presidente e digo mais: pretendo não fazer mais críticas à realização da Copa no Brasil até depois do acontecimento histórico.

Porque não é mais hora de crítica, é hora de saborearmos a Copa entre nós e desejar que os jogos e os festejos tenham o maior sucesso.

Mas hoje será também um momento de eu expor à presidente as razões da minha crítica.

E aproveitarei esse encontro com Dilma para encarecer a ela que não meça esforços urgentes para diminuir o número de milhares de pessoas que estão nas filas para cirurgias e consultas do SUS.

Ou seja, o que há anos peço pela minha coluna às autoridades, terei hoje à noite a oportunidade de pedir pessoalmente à presidente, em nome dos meus leitores.

Eu sou meio bobo, quando recebi o convite da presidente para jantar com ela no Palácio da Alvorada, fiquei entre trêmulo e alegre.

Pensem bem, se já é honroso ser recebido pela presidente a pedido da gente, imaginem por convocação dela.

Certa vez, anos atrás, recebi uma carta do então presidente da República Itamar Franco, que publiquei imediatamente.

Mas uma carta é uma carta. Por mais valor que tenha, não se compara a um encontro em palácio com a presidente. É uma emoção.

Não é a primeira vez que Dilma me faz essa honra. Quando era ministra, ela compareceu à inauguração do Parque Gráfico Jayme Sirotsky. E, do alto do palanque das autoridades em que estava colocada, me avistou. E teve a bondade de descer 30 degraus de escadaria para vir-me dar a mão e cumprimentar-me. Nunca vou me esquecer disso, assim como se tornará inesquecível para mim o que acontecerá hoje, eu ser recebido pela presidente por convocação dela.

E lá vou, pego o avião da Azul para Brasília hoje às 9h, nem sei onde almoçarei, mas estarei às 19h30min em ponto aguardando a minha anfitriã com suas observações, que, repito, suponho sejam sobre a Copa no Brasil.


E rezo para que as observações da presidente me sejam convincentes.

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