21 de maio de 2014 | N°
17803
ARTIGO - Germano
Rigotto*
RS COMO POLO DE NOVOS NEGÓCIOS
São empresas novas ou ainda em
fase de solidificação, muitas delas geridas por recém-formados e focadas na
área de tecnologia da informação. Costumam ser essencialmente inovadoras.
Nascem dentro do ambiente online, sem necessidade de adaptação a essa cultura.
Algumas recebem investimento de parceiros que apostam na rentabilidade de médio
e longo prazos.
Todavia, a legislação brasileira
ainda não captou essa realidade. Tivemos avanços importantes, mas
insuficientes. A “papelada” segue como desagradável entrave. A batida do
carimbo é a poderosa chancela de que dependem grandes iniciativas.
As guias de tributos chegam antes
mesmo dos primeiros clientes e negócios fechados. Diante de qualquer sinal de
respiro financeiro, o aparato estatal se apura em aumentar seu peso.
Há um engessamento da capacidade
de crescimento dos pequenos negócios, o que conduz a um nível escandaloso de
informalidade – tanto de empresas quanto de trabalhadores. E esses assuntos
continuam fora da agenda nacional. Quando falo em reformas, portanto, é
justamente para que o Brasil possa migrar da condição de adversário para a de
parceiro de quem quer crescer. E deixar que avancem tantos talentos à espera de
mais liberdade.
A web criou um novo marco no
mercado, facilitando a comunicação, encurtando distâncias e barateando
negócios. Esse é um dado da realidade do nosso tempo. É uma boa consequência do
boom digital das últimas décadas. Apesar das adversidades institucionais do
país, o Rio Grande do Sul precisa mostrar-se cada vez mais aberto e receptivo
para essa dinâmica. Talvez possa estar aí, no fomento do empreendedorismo tecnológico,
o “Vale do Silício” que tanto procuramos.
*Ex-governador do Rio
Grande do Sul, presidente do Instituto Reformar
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