Eike Batista deu mais um passo para alcançar seu objetivo de se tornar o homem mais rico do mundo, posto ocupado pelo magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim. A oitava posição do empresário brasileiro não o contenta.
Para tentar galgar mais alguns degraus na lista, Eike Batista anunciou a criação de uma nova empresa – a 14ª do grupo EBX, que tem uma diversificação que vai de restaurante, passando por entretenimento, até exploração de petróleo (sem esquecer do RJX, time de vôlei do Rio de Janeiro).
Batizado de SIX Soluções Inteligentes, o novo empreendimento é resultado da aquisição da AC Engenharia -- o valor não foi divulgado – para atuar na área de automação industrial.
Junto com a admiração que Eike Batista provoca, há também uma série de incertezas. Isso porque muitas das empresas X – principalmente a OGX, que pretende explorar petróleo – ainda não mostraram a que vieram.
Quase todas elas vêm acompanhadas do X, símbolo da multiplicação, que é o que Eike pretende fazer com o lucro de cada uma. Veja abaixo todas as empresas do Grupo EBX.
SIX - A empresa nasce com 130 funcionários, e planeja atingir 600 funcionários até 2015. Entre 2011 e 2019, os investimentos previstos são de 100 milhões de reais. Parte dos recursos irá para a montagem de centros de desenvolvimento no Rio de Janeiro e em Macaé.
IMX - O anúncio da joint venture entre o Grupo EBX e a IMG Worldwide -- empresa de esportes e comunicação – reforçou a presença de Eike Batista no setor. Recentemente circularam informações de que o empresário estaria interessado na compra a Brasil 1, que trouxe o UFC para o Rio de Janeiro, em agosto.
LLX – O braço de logística do Grupo EBX, foi criado em março de 2007 para prover o país com infraestrutura e competências logísticas, principalmente no setor portuário. É responsável pela construção do complexo Superporto Açu, no norte do Rio de Janeiro, e pode receber mais 1,2 bilhão de reais para duplicar a capacidade para 100.000 toneladas anuais.
MMX - Criada em 2005, a empresa atua no setor de mineração em minas localizadas em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul. A MMX também detém direitos minerários no Chile, onde vai desenvolver um sistema integrado de mineração. Recentemente Eike negou interesse em comprar uma fatia Usiminas, uma das mais importantes do setor onde a MMX tem acordos.
MPX – Braço de energia do Grupo EBX, a MPX comprou, em setembro, projetos da Bertin Energia. Com as contratações, a MPX atingirá em 2014 uma capacidade instalada total de 1.910 megawatts, considerando apenas a sua participação nos empreendimentos (70% do total). O faturamento bruto mínimo anual seria de 1,3 bilhão de reais.
OGX – A unidade de petróleo e gás é o principal ativo de Eike Batista. Com a corrida pelo pré-sal, a empresa anuncia a cada hora um novo poço, mas nada de produção até agora. Criada em 2007, a empresa conta com 60 poços perfurados no Brasil, nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba, e cinco blocos na Colômbia.
OSX – A empresa de construção naval foi criada em 2009 para atender à demanda da indústria de óleo e gás e à demanda de serviços e produtos da OGX. No início de setembro, a OSX afirmou que vai investir 3 bilhões de reais em um estaleiro no Complexo Industrial do Açu. Em junho, a empresa obteve a aprovação de financiamento para a construção do estaleiro pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), com linha de crédito que poderá chegar a 2,7 bilhões de reais.
MD.X – Localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o empreendimento imobiliário reúne consultórios, clinicas, laboratórios de análises, exames diagnósticos por imagem, auditório para convenções e área de conveniência em um mesmo ambiente. Inaugurado em fevereiro de 2009, o empreendimento recebeu um investimento global de R$ 50 milhões.
REX – Essa foi a tacada de Eike para ingressar no promissor mercado imobiliário. A REX tem terrenos no Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina, e seu portfólio inclui também a Hacienda Castilla, a terceira maior área contígua do Chile, com 240 mil hectares. A empresa atende, é claro, às demandas das empresas, como o Superporto Açu ao lado, que a REX desenvolveu um planejamento urbanístico que será implantado para atender ao crescimento populacional da região.
Gloria Palace Hotel - Para reinaugurar o primeiro hotel cinco estrelas do Brasil (ex-Hotel Glória), o Grupo EBX vai investir cerca de 200 milhões de reais. Comprado em 2008 por Eike Batista, o hotel tem previsão de reinauguração no último trimestre deste ano e será equipado com tecnologia de ponta para atender os padrões internacionais de segurança.
Marina da Glória – Como se viu até aqui, Eike Batista não perde oportunidades. De olho nos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, na capital carioca, o Grupo EBX vai investir 150 milhões de reais para transformar o espaço Marina da Glória em um pólo esportivo e turístico para o Rio. Desde dezembro de 2009, a empresa controla a MGRio, detentora da concessão da Marina da Glória.
Mr. Lam – Inaugurado em 2006, o restaurante especializado em comida chinesa é assinado pelo chef Lam, ex Mr Chow , de Nova York.
Pink Fleet – O navio realiza eventos corporativos e sociais na cidade do Rio de Janeiro em alto mar. Com 54 metros de comprimento, quatro conveses e capacidade para 400 passageiros, o navio rosa recebeu por dois anos consecutivos o prêmio de “Melhor lugar para confraternização e eventos” do Prêmio Corp RH – Congresso Corporativo Internacional sobre Liderança e Gestão do Capital Humano.
Beaux – Trata-se de um centro de referência em dermatologia conduzido pela namorada de Eike Batista, a advogada Flávia Sampaio (na foto com a atriz Christine Fernandes). O investimento no novo negócio é até bastante modesto: 15 milhões de reais. Os recursos são provenientes da MDX Medical Center, empresa que também pertence ao grupo.
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