3
de outubro de 2013 | N° 17572
GRÊMIO
De
binóculo
Após
vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-PR, técnico Renato provoca e diz que só vê o
Cruzeiro à frente do Grêmio.
Se é
verdade que a caça ao líder Cruzeiro transforma-se, cada vez mais, em batalha
inglória, o Grêmio amplia rodada após rodada a diferença de alguns seguidores.
Ontem, com gol do volante Riveros, o time bateu o Atlético-PR por 1 a 0, na
Arena, e distanciou-se quatro pontos de um concorrente direto.
Sábado,
contra o Botafogo, no Maracanã, será a chance de afastar-se de outro. Sem
Eduardo Vargas, expulso.
Bem-humorado,
o técnico Renato Portaluppi disse que costuma acordar durante a madrugada para
pensar em esquemas. Ontem, voltou a começar com três atacantes. – Às vezes,
perco o sono e fico vendo televisão e pensando. Antigamente, era diferente –
disse, provocando sorrisos dos jornalistas.
Sobre
as tratativas para a renovação de contrato, desconversou: – Daqui a pouco, a
gente se acerta. Ou não. Mas minha vontade sempre foi ficar aqui.
Também
sobraram ironias aos críticos e outros adversários. Para Renato, quem quiser
ver futebol bonito deve acompanhar o Barcelona. O técnico voltou a orgulhar-se
da posição do time na tabela. E disse que uma vaga na Copa Libertadores, o mais
provável agora, deve ser comemorada.
– Na
minha frente, não vejo ninguém que joga bonito. E nem logo atrás. Quem achava
que ia fazer bonito está vendo o Grêmio de binóculo, lá na frente – provocou,
garantindo que não se tratava de uma provocação ao rival Inter.
No
primeiro tempo, a fórmula baseada em marcação intensa e alto índice de
aproveitamento funcionou à perfeição. A aplicação surpreendeu o adversário, que
não encontrou espaços para jogar. O goleiro Weverton converteu-se em personagem
importante, ao defender arremates de Kleber, aos 29 minutos, e Kleber, aos 33.
Até que, aos 43, Riveros teve calma e classe para encobrir o goleiro e fazer 1 a
0.
A
troca do apático Dellatorre por Roger, no intervalo, foi benéfica para o
Atlético-PR, que passou a atacar.
Expulso
por agressão a Kleber, aos 23 minutos, Luiz Alberto livrou o Grêmio de maior
sufoco. Poderia ser ainda melhor se Vargas, pouco depois, não devolvesse o
presente e também levasse o cartão vermelho, mantendo a igualdade numérica em
campo. O jogo pouco andou daí em diante. Pedro Botelho foi expulso, também por
falta sobre Kleber, a vítima preferencial do Atlético-PR.
As
duas últimas chances foram com Pará. A 43 minutos, Paulinho cruzou da esquerda,
mas o lateral, atrapalhado, não conseguiu chutar. A 46, depois de rebote, ele
avançou sem marcação e tentou, sem sucesso, o chute por cobertura, com o
goleiro fora do lance.
luis.benfica@zerohora.com.br
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