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terça-feira, 9 de dezembro de 2008
A MELHORIA NA REPRESENTATIVIDADE FEMININA
Não obstante o fato de serem 51% da população brasileira, a ocupação de espaços públicos por parte das mulheres ainda deixa muito a desejar.
Essa é a avaliação da coordenadora do Instituto Feminista para a Democracia (SOS Corpo), Carmem Silva, que, juntamente com outras entidades, é responsável por um foro para organização do público feminino pela democratização da gestão pública.
O evento, sediado em Recife, reuniu gestoras municipais, estaduais e mulheres engajadas na busca de maior atuação das mulheres na sociedade.
Segundo Carmem Silva, o fato de as brasileiras participarem em eleições periódicas não significa que elas tenham acesso a uma igualdade real. Para ela, a democracia implica um trabalho efetivo para superação das desigualdades com que são confrontadas todos os dias.
É por isso que no encontro definiram-se reivindicações para serem apresentadas para todos os eleitos que irão tomar posse em cargos municipais a partir de janeiro. Trata-se de buscar a elaboração de planos municipais coerentes com o Plano Nacional de Políticas Públicas para Mulheres.
Conforme um levantamento do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), também organizador do seminário, a participação das mulheres nos poderes Legislativo e Executivo continua a evoluir lentamente.
Em 2008, apenas 12,52% dos eleitos para as câmaras municipais foram mulheres, apresentando, inclusive, um decréscimo em relação a 2004, quando esse percentual foi de 12,65%. No caso das prefeituras, de um montante de 5.558 eleitos, somente 9,08% são prefeitas.
Para melhorar esse quadro, de falta de prioridades às candidatas, que não recebem prioridade nos partidos e enfrentam problemas como os da dupla jornada de trabalho, a coordenadora sugere mudanças no sistema político, abrindo espaço para favorecer as candidaturas femininas.
Além disso, medidas no rumo da igualdade para enfrentar a pobreza e o desemprego são bem-vindas.
As mulheres são um importante segmento da sociedade brasileira e, enquanto não tiverem uma representação proporcional ao seu peso demográfico, não teremos ainda uma democracia efetiva.
Melhorar a participação delas na vida pública é um desafio de todos, homens, mulheres, partidos, instituições e governantes.
Aproveite o dia. Tenha uma ótima terça-feira
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