Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
domingo, 21 de dezembro de 2008
ELIANE CANTANHÊDE
Longo alcance
BRASÍLIA - Com o presidente dos EUA levando sapatadas e o de Cuba virando o centro das atenções num encontro da América Latina e do Caribe, na Bahia, o mundo está de pernas para o ar. É nesse clima que o casal Nicolas Sarkozy-Carla Bruni está chegando para selar uma "aliança estratégica" Brasil-França.
A estrela mais esfuziante do pacote, com perdão de dona Bruni, será o anúncio da produção de quatro submarinos convencionais nacionais e um de propulsão nuclear -que não é uma brincadeirinha de almirantes, mas um avanço importante para a tecnologia, a indústria e o desenvolvimento do país.
Desde os anos 1970, o Brasil já investiu cerca de US$ 1,5 bi (ou US$ 5,6 bi, atualizados) no programa nuclear da Marinha. O protocolo com a França, que fecha um ciclo e abre outro, prevê a compra de equipamentos e tecnologia para a construção e montagem de um estaleiro especializado e uma base especial para fabricar os submarinos. O Brasil já detém a tecnologia do reator nuclear. Mas falta muito dinheiro e tempo, no mínimo 12 anos, para entregar o projeto pronto e acabado.
Mas, assim como a sapatada entra para a história como o triste fim de Bush e o início de uma nova era num mundo em crise, o protocolo com a França e a "Estratégia Nacional de Defesa", lançada na última quinta-feira, marcam um novo patamar nas pretensões brasileiras.
Não se poderia esperar cronogramas e cifras do documento, porque não se trata de um plano a ser executado, mas de uma doutrina, um conjunto de diretrizes para tentar adequar a defesa brasileira ao projeto político e econômico de liderança regional e de emergente internacional.
Também não se pode esperar que Sarkozy chegue na segunda e, na terça, o Brasil amanheça outro. Mas esses movimentos têm uma direção e fazem sentido para quem tenta olhar em volta e enxergar bem adiante. Aliás, é a isso se dá o nome de estratégia.
elianec@uol.com.br
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