Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
15 de dezembro de 2008
N° 15820 - KLEDIR RAMIL
Um findi a fuzel
Assim ó. Todo mundo tinha ido pra Atlântida e eu pensei: “Bem capaz que eu vou ir, isso não vai dar um quilo”. Não sei a troco de quê, acabei fondo. Azar é do goleiro.
Deu no rádio que o tempo ia abrir e entrei numas de pegar um sol e dar uma perneada. Pedi o carro pro pai, passei na Lomba do Pinheiro pra pegar o Magrão e encarei a Freeway.
Cheguei lá, primeira coisa, botei um chinelo de dedo. Aí, peguei uma bici e fui no super comprar umas berga. Parei na sinaleira e vi que tinha uma galera tri massa na lancheria da esquina. Entrei, pedi um refri e fiquei ali de canto.
Eram aquelas guria do Anchieta, que eu conheci no Parcão. E eu, loco de faceiro, pois tava lá aquela alemoa, com cara de colona, dando sopa. Pra tu vê que eu não sou chinelão, cheguei junto e mandei um texto tri profí. A alemoa se abriu pra mim: “Bah, tu é parceiro, dos meu, cara”.
Mas ah! Baita balaqueiro! Te liga, então. Aproveitei que eu tava bem na foto e chamei ela pra dar uma volta de carro. A guria tava tri a fim de ir pra Santa. Fui. Peguei a Brioi, que vai dar em Floripa, e acelerei. Pra tu ver como são as coisa. A familia da mina tem uma baia dessas de veranear, na Lagoa da Conceição. Pensei comigo: “Vai ser um findi a fuzel”.
Aí a gente chegou e a guria pirou na batatinha, viajou na maionese. Entrou numa nóia, tipo cheia de dedos. Não podia mexer em nada, nem fazer barulho, pra não sujar “com as véia aí do lado”. Maior saco, cortou o barato.
Na hora do vamo ver, não rolou. Sei lá, travei. Falei pra mina bem nessas: “Aí, não deu liga”. Ela resmungou “tô de cara” e comecou a chorar. Pegou uma garrafa de vodca e mamou no gargalo. Tomou um balaço.
Chamou o Hugo, fez o maior porquinho. É brincadeira! Ainda bem que foi na patente. Pedi arrego. Fechei um chimas, botei um calção e fui pra sacada, lagartear. A mina chegou pro meu lado: “Aí ó, baita sanduba que eu fiz pra ti, na responsa”.
Olhei de revesgueio. Era um cacetinho com umas gororoba dentro. Periga, a mina nem lavou as mão. Dei um godô e fiquei pensando: “Bah, eu me meto em cada indiada”.
Eu já tava ali há horas, louco pra picar a mula. Foi quando tocou o celular. Era a Li me chamando prum churras tri a fu no Campeche. Não falei nada pra não alertar os ganso. Mas a pinta se tocou e queria se escalar pra ir junto. Aí fechou o tempo. Montei num porco. “Tchê, qual é o teu pastel?”.
Recolhi as tralha e me mandei. Deixei a mina lá. Deu pra mim.
Dia 20, espero todos vocês no Caminho do Livro para bate-papo e autógrafos. Será às 14h30min no ICBNA (Riachuelo, 1257).
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