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sábado, 27 de dezembro de 2008
27 de dezembro de 2008
N° 15831 - A CENA MÉDICA | MOACYR SCLIAR
Evitando a ressaca
A melhor maneira de evitar a ressaca é não beber ou beber com moderação. Quem o diz não é o autor destas linhas, abstêmio por opção, mas sim um exaustivo estudo publicado no British Medical Journal. Os autores examinaram centenas de formas de tratamento supostamente eficazes no controle dos sintomas da bebida, chegando a esta conclusão: nenhum deles resolve o problema.
Que, no entanto, tem de ser enfrentado, sobretudo nesta época do ano em que o consumo de álcool aumenta substancialmente – e assim também a ressaca. A palavra, aliás, tem dois sentidos: designa o movimento agitado das ondas (e por isso Machado de Assis falou nos “olhos de ressaca”, de Capitu) e os sintomas que se seguem à ingestão excessiva de álcool.
E que sintomas são estes? Todo mundo sabe: dor de cabeça, náusea, vômitos, sede, letargia, fraqueza, intolerância à luz (“Fecha esta janela, por favor!”), irritabilidade, repulsa ao álcool (que aliás bem poderia ser duradoura). Os sintomas, que incluem risco maior de acidente vascular cerebral, às vezes duram três ou mais dias e podem ser severos a ponto de exigir hospitalização.
E qual a causa dos sintomas? Em primeiro lugar, o álcool faz a pessoa urinar mais, como mostra a romaria ao banheiro em bares, e pode levar à desidratação. Irrita o estômago e é transformado, no fígado, numa substância chamada acetaldeído, 30 vezes mais tóxica do que o próprio álcool, carcinogênica e mutagênica. O fígado também produz menos glicose, que é a fonte de energia para o cérebro, que passa a funcionar mal. De tudo isso resulta a ressaca. Como evitá-la?
> Beba com moderação. O consumo leve a moderado de álcool é definido como uso de uma a duas unidades (drinques) de álcool por dia para homens e uma unidade por dia para mulheres. Um drinque equivale aproximadamente à quantidade de álcool contida em uma dose (50ml) de bebida destilada (uísque, conhaque e vodca), ou um cálice de vinho, ou um copo (200 ml) de cerveja.
Beba devagar. Não beba com estômago vazio.
Beba água também. Assim você tomará menos álcool e poderá evitar a desidratação.
E como aliviar os sintomas? Bem, para isto existe um milhão de receitas mágicas que, segundo o estudo inglês, incluem pizza, casca de laranja, carvão (isto mesmo). Não funcionam. Faça o seguinte:
Consuma alimentos e sucos com frutose, o açúcar das frutas, que ajuda a queimar o álcool mais rápido.
Não deixe de se alimentar. Sopas ou caldos ajudam a repor os sais mineirais perdidos pelo consumo de álcool.
Descanse. E tome cuidado: mesmo que você não tenha sintomas, sua capacidade motora e sensorial diminui após o consumo de álcool. Pode ser perigoso dirigir nestas circunstâncias.
Evite medicações que contenham o analgésico acetaminofen (como é o caso do Tylenol), porque podem causar dano hepático.
De resto, é aquilo que a gente sempre diz quando brinda: saúde!
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