sexta-feira, 12 de dezembro de 2008



12 de dezembro de 2008
N° 15817 - PAULO SANT’ANA


A Máfia do Cartel

Pistoleiros atiraram contra as bombas de um posto de gasolina, quebraram os equipamentos, depois de render os dois frentistas, na Avenida Getúlio Vargas, em Canoas.

Isso aconteceu às 6h, ontem. É a terceira vez que acontece um ataque e a depredação a mão armada no mesmo posto.

Sabem por que é baleado e depredado o posto, sendo seus funcionários deitados no chão, sob ameaça armada?

Simplesmente porque este posto é o único que cobra a gasolina mais barata que os outros na região.

Chegamos agora ao cúmulo de o Cartel da Gasolina manter um braço armado que destrói os postos de gasolina que ousarem cobrar mais barato pelo combustível.

O fato é de extrema gravidade porque encerra a instituição de uma quadrilha armada para manter os preços da gasolina lá em cima, aterrorizando-se os postos que nada mais fazem do que praticar a concorrência ao fixar preços menores.

A gravidade reside em que se trata apenas do relacionamento entre um grupo econômico, que se pensava estivesse imune a atos de bandidagem.

Mas não. Cobrou mais barato pela gasolina, leva bala em Canoas.

Só faltava esta: os preços da gasolina serem sustentados e tabelados pela Máfia do Cartel.

Interessa talvez à Polícia Federal este crime. Porque a norma que libera os preços da gasolina é federal.

Ou então há de interessar, este atentado à liberdade econômica e à democracia de preços, à Polícia Civil de Canoas.

Pois, se se deixar prosseguirem estes atos danosos de terror, os consumidores de combustíveis na Grande Porto Alegre e no Estado ficarão para sempre reféns do cartel que está contratando pistoleiros para defender seus preços.

Paralelamente às providências policiais é necessário que os donos de postos de gasolina se mobilizem para acabar com este grupo armado.

Onde é que estamos? A moda agora é contratar pistoleiros para tudo em nosso meio social. Que havia o cartel, já se sabia. Mas, que tenha braço armado, é demais! Isto é muito grave.

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