Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 6 de dezembro de 2008
07 de dezembro de 2008
N° 15812 - DAVID COIMBRA
Os maiores frios da minha vida
O segundo maior frio que passei na vida foi no estádio do Ferroviário, time de Tubarão, sul de Santa Catarina. Era noite, chovia, a temperatura devia ser de uns dois graus e lá estava eu, cobrindo o clássico tubaronense Ferroviário versus Hercílio Luz.
Essa é a dura vida de repórter: noite, frio, chuva e Ferroviário versus Hercílio Luz. Brabeza. Um dia depois daquele jogo, lembro bem, eu e o fotógrafo Ezequiel Passos estávamos na sucursal do Diário Catarinense em Criciúma e o telefone tocou. Ainda chovia, ainda fazia frio e também era noite. Do outro lado da linha, o editor-chefe com sua voz rascante de editor-chefe:
– Vocês têm que estar em Florianópolis em três horas, rapazes! Vão embarcar agora para Belo Horizonte para cobrir Atlético Mineiro e Criciúma!
Arrá! Agora sim: Criciúma e Atlético Mineiro em Belo Horizonte! Aí estava uma cobertura digna da dinâmica dupla de reportagem David Coimbra & Ezequiel Passos! Saímos correndo, eu e o Zeca, e em algumas horas sobrevoávamos o sudeste brasileiro.
No primeiro dia em Belô, procuramos os colegas do Estado de Minas. Foram muito simpáticos. Prometeram:
– Não largamos vocês antes que conheçam toda a noite de Belo Horizonte.
Não estavam brincando. Passamos quatro dias e quatro noites em Minas. Nessas quatro noites, eles apareciam no hotel, sempre muito animados, nos saudando:
– E aí, gauchada! Vamos lá! Vamos para a noite!
E nos levavam para bares e boates, só nos liberando com a manhã alta. Chegávamos e os jogadores do Criciúma estavam tomando café, comendo mamão, passando manteiga no pãozinho. Isso todos os dias! No final, eu já queria fugir dos mineiros, mas não tinha jeito: eles nos forçavam a ir para a noite e nos divertir e nos divertir e nos divertir insuportavelmente, até o desespero.
Neste fim de semana, alguns colegas mineiros estarão na cidade para cobrir Grêmio versus Atlético Mineiro. Em ocasiões que tais, sempre imagino que eles gostariam de ter uma recepção semelhante à que tive naquela época do Diário Catarinense, e até gostaria de levá-los por aí. Mas, confesso, não tenho saúde para exercer tanta hospitalidade.
Às vezes a vida do repórter é menos dura. O maior dos maiores frios que passei na vida foi, não é para me exibir, na Suíça. Suíça! Um país quase perfeito. Não vi um único lugar feio na Suíça. Os becos da Suíça são graciosos; as latas de lixo suíças, formosas; os terrenos baldios... bem, acho que nem existem terrenos baldios na Suíça.
Talvez o único defeito da Suíça seja o frio. No inverno, a neblina rola Alpes abaixo e cobre as cidades ao sopé das montanhas. O nevoeiro leva semanas para se dissipar. Os suíços ficam deprimidos e o índice de suicídios aumenta.
Desta vez em que passei o primeiro maior frio da minha vida o clima era assim invernal. A Seleção Brasileira foi jogar contra um selecionado qualquer na Basiléia. Vesti uma camiseta de mangas curtas, uma camiseta de mangas compridas, uma camisa, um blusão, um casaco, enrolei o pescoço em uma manta, enfiei duas meias em cada pé, mais, obviamente, as calças e as cuecas e as botinas, e nada adiantou. Tiritava de frio na arquibancada. E os Ronaldinhos fazendo brilhatura contra aqueles pernas-de-pau lá embaixo, no campo.
Pensando bem, a vida de repórter é realmente dura.
Seleções, seleções
O pessoal da Zero Pontocom pediu para que nós, da Zero “papel”, escalássemos uma seleção dos dois times do Grêmio que foram campeões brasileiros mais o deste ano, que pode ganhar o título. Eu, que adoro seleções e listas, vibrei. Fiz a minha. Primeiro a lista dos melhores em cada posição, depois o time titular. Ó:
Os três goleiros são craques: Leão em 1981, Danrlei em 1996 e Victor em 2008. Laterais: Paulo Roberto ou Arce pela direita e Roger ou Casemiro pela esquerda.
Zagueiros: Mauro Galvão, Adilson, De León, Réver, Rivarola. Volantes: Rafael Carioca, William Magrão, Dinho, Goiano, China.
Meias: Tcheco, Paulo Isidoro, Carlos Miguel, Arilson e Emerson. Atacantes: Tarciso, Baltazar e Paulo Nunes.
Pensei, pensei e meu time ficou assim: Danrlei; Paulo Roberto, Adilson, De León e Roger; Dinho, Tcheco, Paulo Isidoro e Carlos Miguel; Tarciso e Paulo Nunes.
Aceito contestações.
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