23 DE NOVEMBRO DE 2021
CORRIDA PRESIDENCIAL
PSDB adia decisão de prévia, e Leite desmente o partido
O diretório nacional do PSDB decidiu, ontem, concluir até o próximo domingo o processo de prévia do partido para a escolha do candidato tucano à Presidência da República. A votação havia sido suspensa, no domingo, após falhas no sistema de eleição por aplicativo. O problema técnico provocou tensão e troca de acusações entre os concorrentes.
O prazo adicional de uma semana foi estabelecido, segundo a sigla, "de comum acordo" durante reunião com as campanhas dos três pré-candidatos, os governadores de São Paulo, João Doria; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Em entrevista, Leite se disse "surpreendido" com a decisão do partido, afirmando que queria que o processo terminasse hoje.
- Não houve acordo (para postergar a votação até domingo) - sentenciou Leite.
Uma das hipóteses prováveis é que grupos de filiados sejam divididos e passem a votar de forma escalonada. As datas ainda não foram divulgadas, mas a intenção é de que parlamentares, prefeitos, governadores, vice-prefeitos e vereadores votem ao longo da semana e os filiados, no domingo.
Espera
"O partido ainda aguarda manifestação da empresa contratada, a Faurgs (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Se até esta terça- feira ela não oferecer garantias concretas de viabilidade e robustez da solução contratada, o PSDB adotará tecnologia privada para concluir o processo", informou o PSDB. "Em qualquer alternativa, a integridade do processo eleitoral será rigorosamente observada", acrescentou a sigla.
Políticos do PSDB chegaram a cogitar que o aplicativo usado no domingo tenha sido alvo de ataques por hackers, mas não há evidências dessa suspeita. Segundo parlamentares, houve problemas no reconhecimento facial dos votantes, que impediram a autenticação de milhares de filiados cadastrados para votar.
O diretório tucano sediou, ontem, uma reunião com técnicos e consultores envolvidos na eleição interna, entre eles auditores da BidWeb e da Kryptos, e os desenvolvedores da Faurgs, responsável pelo aplicativo, que custou R$ 1,5 milhão. A reunião não chegou a conclusões sobre as causas dos problemas.
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