UNIDOS PELA VACINA

A vacinação em massa da população brasileira é a única forma de frear a escalada de mortes pela covid-19 e assegurar a retomada plena e segura de todas as atividades econômicas. Ajudar a agilizar esse processo é uma tarefa que deve ter o engajamento de toda a sociedade, complementando os esforços públicos prioritários de aquisição e de produção de imunizantes. A conscientização, o auxílio na distribuição e a busca por meios para suprir eventuais carências de insumos para a aplicação célere das doses são contribuições, mais do que bem-vindas, necessárias para o país vencer a pandemia o mais rápido possível.

É exatamente esta a proposta do movimento Unidos pela Vacina, apoiado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e pelo Grupo RBS. A iniciativa apartidária, que envolve empresários, profissionais liberais e líderes sociais propõe a ousada meta de vacinar toda a população apta até setembro. Sem dúvida será desafiador alcançar esse objetivo, mas este é um momento em que é preciso demonstrar irresignação com a marcha ainda lenta da campanha em curso e, de todas as formas viáveis, perseguir o propósito de alcançar todo o público-alvo em um prazo inferior ao que hoje se estima.

O Brasil é considerado referência em programas de vacinação, também graças à estrutura e à competência demonstrada pelo SUS nas últimas décadas, mas a magnitude da crise sanitária atual, que leva a uma grande demanda global por imunizantes e insumos, obriga que seja feita uma mobilização nacional ainda mais ampla. Em uma era de avanço perigoso da desinformação, o primeiro passo é esclarecer sobre a segurança dos produtos disponíveis e os ganhos coletivos de uma cobertura que deve ser de no mínimo 70% da população, para que a disseminação do vírus seja contida.

Em seguida, como se propõe o Unidos pela Vacina, contribuir, na ponta, para que prefeituras consigam contornar dificuldades logísticas, de infraestrutura, e eventuais insuficiências de equipamentos e de itens necessários para que a aplicação das doses disponíveis ocorra em ritmo adequado e sem percalços, obedecendo à ordem dos grupos prioritários, de acordo com o estabelecido pelas autoridades de saúde. É animador que o movimento, liderado pela empresária Luiza Trajano, a cada dia ganhe mais adesões.

Mesmo que erros cometidos até aqui possam ter retardado a velocidade da vacinação no país, chegou a hora de deixar diferenças de lado e de a sociedade se unir pela vacina. É o que vai permitir o restabelecimento das rotinas pré-pandemia e a reaproximação social, mesmo que ainda com alguns cuidados. É o que vai assegurar o retorno confiante ao trabalho e, principalmente, salvar a vida de milhares de brasileiros.

OPINIÃO DA RBS

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