10 de novembro de 2015 | N° 18351
MOBILIDADE
A VEZ DE PORTO ALEGRE NA DISPUTA UBER X TÁXIS
A POLÊMICA POR TRÁS do anúncio de que aplicativo de carona paga irá começar a operar na Capital
A prefeitura de Porto Alegre não irá permitir a operação da Uber, empresa do maior aplicativo de transporte privado individual do mundo, enquanto não houver uma mudança na legislação municipal. A posição do prefeito José Fortunati foi assumida ontem, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, poucos dias depois de o gerente- geral da empresa no Brasil, Guilherme Telles, anunciar que o aplicativo começaria a funcionar na capital gaúcha em dezembro.
– Não vamos permitir que a Uber chegue em Porto Alegre fazendo o que fez em outras cidades: entrar e operar sem um debate democrático e sem uma regulamentação. Não se pode deixar de cumprir com a lei porque novas tecnologias vão aparecendo – disse.
Atualmente, a legislação não permite o transporte de passageiros em veículos não regulamentados. A possibilidade do início das operações do aplicativo já no próximo mês gerou polêmica e revolta entre taxistas, que se posicionaram, em sua maioria, contra o serviço. Para o prefeito, é preciso fazer um debate amplo sobre o assunto para avaliar a possibilidade de uma mudança na lei:
– Estou aberto ao debate. Sabemos que este serviço tem prós e contras. Se houver um consenso, a legislação pode ser mudada. Só que, até o momento, não fui procurado pelo pessoal da Uber para discutir o assunto.
Por enquanto, o prefeito afirma que não tem uma posição definida sobre o serviço e que a prefeitura não começou a avaliar as possibilidades de regularizar a Uber na Capital.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) reiterou ontem que defende a regulamentação para qualquer tipo de transporte que carregue passageiros. A operação do Uber somente seria apoiada na capital gaúcha após indicação de condições legais para a empresa exercer a atividade.
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