quinta-feira, 7 de outubro de 2010



07 de outubro de 2010 | N° 16481
PAULO SANT’ANA


O amigo cão

O livro Marley e eu, de John Grogan, enviado a mim pelo leitor Andres Gund de Souza, elucida a pergunta sobre quem é mais racional, o humano ou o cachorro.

Os cachorros não julgam pessoas por serem brancas ou negras, ricas ou pobres. É ou não algo racional? A eles não importa se você é médico e tem um doutorado ou se nem mesmo completou o Ensino Fundamental. Se você der seu coração a um cachorro, ele lhe dará o dele.

Os cachorros não têm orgulho e sabem, como ninguém, o significado da palavra perdão. Quantos problemas deixam de ser resolvidos (e são criados) pelo excesso de orgulho humano. Pontapeie um cachorro e volte a acariciá-lo instantes depois. Ele o perdoará, verá arrependimento e amor em você, mesmo que não exista qualquer um.

Canso-me de ver rodas de amigos em que não há ouvintes. Há, sim, pessoas aguardando a sua vez de falar. É impressionante o quanto o ser humano precisa evoluir nesse aspecto. Já os caninos, esses, sim, são bons ouvintes. Ótimos ouvintes. Escutam atentamente os desabafos dos donos. E não fazem sequer uma crítica. Apenas, unicamente, escutam. A única contrapartida que oferecem é um olhar atento ou talvez um carinho em sua perna. Ah, que lição!

Cachorros são as criaturas mais leais de que já tive notícia. É bem possível que a melhor amizade de muitos seja com um cachorro e não com um humano. Se tivermos um amigo cão, há sempre a certeza de que alguém estará ao nosso lado sempre. Caso a monogamia fosse regra no mundo animal, aposto um dedo que entre eles não haveria adultério.

E que tal a frase “viva sua vida intensamente”? Proferida por muitos e praticada por poucos, é fielmente por eles seguida! Senão vejamos: comem de um tudo que lhes é oferecido, sem se preocuparem com peso ou com forma física; estão sempre a nos mimar, a nos agradar, isto é, tratam-nos como se não existisse o amanhã; solte-os em uma praça e aprenda como se deve aproveitar uma tarde. Veja se não são espertos os cães!

Que ele é o melhor amigo do homem, não ouso contestar e só contesto aquele que contestar! Todo amigo dá conselhos. Ele não é uma exceção. Seus conselhos, mais uma vez nos superando, são todos na forma de exemplos. Inúmeros exemplos, dia a dia. Em que belo mundo viveríamos se nos puséssemos a observar mais atentamente os cachorros!

Recebo interessante notícia de como variam os preços que lamentavelmente pagamos de um lugar para outro: “Olá, Sant’Ana. Inúmeras vezes em tua coluna escreves sobre as diferenças no preço da gasolina. Pois agora descobri uma diferença mais gritante em um produto que me parece de maior consumo que a gasolina. É o queijo mussarela.

Acredite, venho observando isto e comentado com minha mulher que o mencionado queijo no súper Rissul custa R$ 10,90, o quilo, no Bourbon Zaffari sai por R$ 19,98 e no Big encontrei-o pelo valor de R$ 24,84.

Esses valores nos meses de agosto e setembro deste ano. Veja então que o valor do quilo da mussarela tem uma variação de mais de 100% de um estabelecimento para outro. Acho que nesse quesito (diferença de preço) a mussarela deu de 10 a zero na gasolina. Pode isto? (ass.) Hermes DÁvila, Cachoeirinha, Av. Panamericana, 483, fone 51-3469-1157”.

Com a vitória gremista de ontem, é incrível, dá para pensar agora até em Libertadores. Parece mentira, Renato!

Nenhum comentário: