Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
domingo, 31 de outubro de 2010
ELIANE CANTANHÊDE
Fechou-se o cerco
BRASÍLIA - Foi-se o tempo em que o petróleo era nosso. Agora, o petróleo é de Lula. As fotos do presidente mais popular da história, de capacete da Petrobras, num macacão cor de abóbora e com as mãos sujas de óleo da nova bacia são a principal imagem da campanha de 2010 e o símbolo da simbiose do Estado com um projeto de poder.
Como ensina o marqueteiro do rei, João Santana, campanhas não trabalham com a realidade e a verdade, mas com símbolos e com a emoção e o imaginário coletivos.
Foi por isso que as estatais e até o BNDES -que não é banco de varejo nem presta serviço- entraram na dança da propaganda subliminar, veiculando durante meses na TV, antes e durante a campanha, um paraíso onde tudo é lindo e todo o povo, feliz e satisfeito. Mas nada se compara ao uso da Petrobras. E assim foi-se definindo a eleição.
Dilma assumiu cedo a dianteira e só veio caindo desde o final do primeiro turno sob pressão da entrada em cena de Erenice Guerra. Serra passou a subir no segundo, herdando parte dos votos de Marina.
O ponto de equilíbrio, com ambos batendo no teto, chegou antes do cruzamento das duas linhas. Daí à certeza da vitória de Dilma, à desmobilização da oposição, à praia do eleitor tucano no feriadão. Com dez pontos de diferença, o resultado está praticamente definido.
Hoje, a eleição acaba e muitas perguntas começam: Lula se contentará em ser o líder mundial contra a fome, ou vai continuar presidente de fato do Brasil? Dilma assumirá de vez a fantasia da candidata ou voltará a ser a gerentona? Quem, e como, vai controlar o PT, o PMDB e PSB (além dos menos cotados)?
Com o cenário externo a favor e a casa arrumada em 16 anos, Dilma tem tudo para fazer um bom governo. Mas torcendo para não haver sobressaltos na economia. Ela, a economia, deu a liga para a imensa aliança vitoriosa a favor de Dilma. O carisma de Lula, o marketing e a falta de prurido fizeram o resto.
elianec@uol.com.br
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