quarta-feira, 20 de outubro de 2010



20 de outubro de 2010 | N° 16494
DAVID COIMBRA


Uma festa com 33 aeromoças

James Hunt era alto, loiro e devotava-se ao sexo oposto com fervor. Uma vez, ele estava no Japão, concentrado para participar da corrida que decidiria se seria ou não campeão mundial de Fórmula 1, e notou que em seu hotel também se hospedavam dezenas de formosas aeromoças da British Airlines.

Isso deu a Hunt uma ideia: chamou um amigo, abasteceu a geladeira da sua suíte com muita cerveja e algumas substâncias estimulantes, e convidou as aeromoças para um convescote.

Elas toparam, Hunt era um cara convincente. E durante duas semanas ele e o amigo ficaram se repoltreando com as 33 aeromoças. Eles bebiam e fumavam e tudo mais, principalmente tudo mais.

Depois da festinha, James Hunt foi para a pista, enfiou-se no macacão, esgueirou-se para trás dos boxes e vomitou – ele sempre fazia isso antes de cada corrida, para espantar a ressaca e atrair eflúvios positivos. Em seguida, cambaleou até o alambrado, abriu o zíper e fez um xixizinho em frente à torcida japonesa, que o aplaudiu, entusiasmada. Em retribuição, Hunt acenou, sorridente. Aí foi correr. E ganhou o campeonato do mundo.

A história, e outras tantas, é contada numa biografia que está sendo lançada este mês. O título em inglês é um trocadilho com o apelido de James Hunt, “shunt”, que significa “desvio”. Como Renato, do Grêmio, James Hunt contava ter se refestelado com cinco mil mulheres. Um dia, casou-se com uma única. Mas já na lua de mel percebeu seu erro. Passou a relacionar-se com outras mulheres e a incentivar sua ilustríssima a ter o mesmo comportamento liberal.

Certa feita ela conheceu Richard Burton, o ator, que vivia uma de suas crises matrimoniais com Elizabeth Taylor, a Cleópatra dos olhos lilases. Burton se encantou com a mulher de Hunt. Tanto que queria casar com ela. Hunt disse que tudo bem, podia casar, ele até apressaria os trâmites do divórcio, o problema era o custo do cartório rápido. Burton foi compreensivo e ofereceu um milhão de dólares para que Hunt contratasse o melhor despachante da Inglaterra. Hunt topou, entregou a mulher e pegou o milhão.

Meu ídolo, esse James Hunt.

Um conselho nos anos 80

No alvorecer dos anos 80, o zagueiraço Hugo de León, capitão do Grêmio que se tornaria campeão do mundo, chamou o então jovem Baideck e lhe disse no seu portunhol bem-amanhado:

– Guri, tu vais entrar no nosso time. Mas é preciso mentalizar uma coisa: tu és muito ruim. Então, o negócio é o seguinte: usa a tua força, usa o teu corpo, espana a bola e passa para quem sabe jogar.

Baideck ficou fulo com o conselho. Foi para casa frustrado. Mas depois, com calma, concluiu: “Ele tem razão!” E passou a jogar como lhe recomendou De León, e assim construiu uma carreira vitoriosa.

Hoje o Grêmio tem um Baideck: Paulão. Trata-se de um zagueiro enérgico, rápido, concentrado, bom na bola aérea, bom na antecipação e, claro, bom na imposição física. Um zagueiro mais do que útil, que pode se tornar fundamental. Desde que jamais enfeite.

Paulão pode ir longe, se for sempre Paulão. Eu não prescindiria de um Paulão na grande área.

Semana Gre-Nal

Minha seleção Gre-Nal de hoje seria: Victor; Gabriel, Vilson, Bolívar e Kléber; Guiñazu, Adilson, D’Alessandro e Douglas; Jonas e Alecsandro. Por que não escalo o Paulão, se teci loas a Paulão? Porque Bolívar é o Paulão desse time.

Minha seleção Gre-Nal de todos os tempos que eu vi seria: Manga; Nelinho, Figueroa, Oberdan e Everaldo; Falcão, Carpegiani, Paulo César Caju e Mário Sérgio; Renato e Ronaldinho.

Minha seleção Gre-Nal de todos os tempos histórica seria: Eurico Lara; Paulinho Almeida, Figueroa, Aírton e Everaldo; Falcão, Carpegiani e Gessy; Tesourinha, Renato e Ronaldinho.

Nenhum comentário: