Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
27 de outubro de 2010 | N° 16501
PAULO SANT’ANA
Frutas e legumes
Ontem, escrevi sobre o drama emocionante do colega Glênio Reis. Mas vejam vocês os enigmas da comunicação: obviamente, eu queria dizer que “a realidade suplanta a ficção”.
Saiu na coluna exatamente o inverso: a ficção suplanta a realidade.
Escrevi errado. Ocorre, no entanto, que várias pessoas aqui na Redação leem minha coluna antes de baixar o jornal. Leem por curiosidade.
E, sempre que cometo um erro, estas pessoas me alertam e eu corrijo antes de baixar o jornal.
Pois anteontem ninguém notou meu erro e portanto não me corrigiram.
Saiu meu erro no jornal.
E o mais interessante: ontem, perguntei a inúmeras pessoas que leram aquela minha coluna e todas elas me disseram que não notaram meu erro.
Não é curioso este enigma da comunicação?
Para esquecer um grande amor, só mesmo arranjando um outro amor.
Foi o que fiz certa vez, perdi um grande amor e saí à procura de outro amor.
Quero dizer que talvez tenha valido a pena. Não porque o segundo amor tenha suplantado o primeiro, longe disso.
Mas porque a existência do segundo caso me proporcionou a saborosa diversão de compará-lo com o primeiro.
O primeiro sempre dá de goleada.
O meu amigo Darcy Alves, grande violonista de muitas e históricas serestas da cidade, está lançando seu livro de memórias.
O título é Vida nas Cordas do Violão, escrito pelo jornalista Paulo César Teixeira, vulgo Foguinho.
O lançamento com autógrafos será no dia 11 de novembro no bar Parangolé, na Rua Lima e Silva, 240, e na Feira do Livro, dia 14 de novembro, às 18h30min.
A gente dorme sempre sob os acordes do Darcy.
Se a uva fosse como a melancia, eu não passava por debaixo do cacho.
Se a bergamota fosse como o abacaxi, eu não a comeria para não dar-me ao trabalho de descascá-la.
E eu não entendo como é que tem gente que toma caipirinha de morango sem adicionar chantilly.
E nunca também entendi por que a gente tira a casquinha do amendoim torrado para comê-lo, se quando ele não está torrado a gente o come com a casca.
E eu, que ponho sal em quase todos os legumes, não consigo comer beterraba e chuchu com sal.
Por sinal, por vezes como chuchu com açúcar e abacate com sal.
Conversava eu ontem com uma colega no fumódromo da Zero Hora.
E ela me dizia: “Paguei R$ 220 por um ingresso para o show do Paul McCartney. Vale a pena, ele é um patrimônio da humanidade. O que me dói é que todos os dias, aqui no fumódromo, eu converso com outro patrimônio da humanidade e ele não me cobra nenhum tostão”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário