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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
LETÍCIA DUARTE (Interina)
Enfim, um debate
Se o último debate do primeiro turno foi marcado pelo excesso de cautela entre os candidatos, o que se viu ontem, no primeiro confronto deste segundo turno, foi exatamente o oposto: um embate na concepção mais clássica da expressão, o mais acirrado da campanha.
Surpreendendo na estratégia, quem partiu para o ataque na Band foi Dilma Rousseff (PT): desgastada nas últimas semanas pelo tema do aborto, pautado pela campanha adversária, a petista se antecipou.
Em vez de esperar pelas perguntas incômodas, trouxe à tona o desconforto em sua primeira pergunta. Apresentando-se como vítima de calúnias, acusou o vice na campanha tucana, Indio da Costa, de fazer ataques pessoais contra ela e questionou se José Serra (PSDB) considerava correto recorrer ao “submundo.”
Em sua resposta, Serra disparou com munição: mencionou o escândalo da Casa Civil e a polêmica do aborto, acusando a petista de ter “duas caras”, por uma hora se mostrar favorável à descriminalização do aborto e, na outra, assumir um discurso de “devota”.
O enfrentamento seguiu em todos os blocos e em todos os temas. Com uma agressividade incomum para quem aparece na liderança das pesquisas, Dilma tentou marcar posição ao expor a contradição de Serra, por se dizer contrário ao aborto e ter assinado a regulamentação que permitiu a prática no SUS em casos de estupro, quando era ministro da Saúde, e insistiu em reforçar o calcanhar de Aquiles do adversário, as privatizações da Era Fernando Henrique Cardoso.
Serra permaneceu firme, foi incisivo ao argumentar que a candidata petista dizia uma coisa e fazia outra e defendeu as privatizações, dizendo que, se elas não tivessem sido feitas, o Brasil ainda viveria na “Era do Orelhão”.
A troca de ataques ofuscou a discussão de projetos para o país – e as consequências da nova estratégia petista ainda são imprevisíveis.
Mas a aposta no contra-ataque parece ter sido uma ousadia calculada para tentar reverter uma situação adversa: a tendência de queda na vantagem petista desde o final do primeiro turno, que provocou uma reversão de expectativas.
Enquanto no comitê petista impera a frustração pela vitória com sabor de derrota, Serra exibe o sorriso de quem conseguiu reverter um fracasso anunciado e agora vê chances reais de uma virada. Com um trunfo: segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, 51% dos votos de Marina Silva teriam migrado para ele.
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