terça-feira, 21 de dezembro de 2021


21 DE DEZEMBRO DE 2021
+ ECONOMIA

Antes de venda final, CEEE eleva salários

Com salários congelados desde 2010, a direção da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) aprovou aumento de 55,24% às vésperas da venda da última empresa do grupo, a CEEE-G.

Com a proposta aprovada, os vencimentos do presidente iriam de R$ 17.855 para R$ 27.720, e o dos diretores, de R$ 16.070 para R$ 24.948 - ambos incluem parcela de verba de representação.

Também seriam reajustados, pelo mesmo percentual, as remunerações dos integrantes dos conselhos de administração e fiscal, da casa de R$ 3 mil para R$ 5 mil.

Entre os argumentos usados em reunião de diretoria e do conselho administrativo da empresa para a decisão, está exatamente o "congelamento" dos salários, além da diferença entre os salários recebidos pela cúpula da CEEE e o de outras estatais gaúchas, como a Corsan.

Também houve alegações de que a atualização dos salários será menor do que a variação do INPC, índice usual para reajustes de remuneração, corrige uma "distorção histórica" na remuneração dos administradores e que a CEEE-G tem "disponibilidade de caixa" para bancar o reajuste. A decisão prevê início de vigência do reajuste em novembro passado, ou seja, será retroativo.

O leilão de privatização da CEEE-G, que tem cinco hidrelétricas, oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e duas centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), está previsto para o final de janeiro de 2022, ou seja, dentro de cerca de 30 dias. Foi preciso esperar mais para encaminhar a venda das usinas porque havia questões regulatórias e financeiras a superar.

A proposta já foi aprovada pela diretoria e pelo conselho, mas ainda depende da assembleia-geral de acionistas para entrar em vigor. Apesar de já conhecer os argumentos da empresa, a coluna solicitou à CEEE uma posição sobre o reajuste de salários da cúpula. A companhia informou que não iria se manifestar. A coluna segue aberta caso a CEEE mude sua posição.

MARTA SFREDO

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