quinta-feira, 10 de março de 2011



10 de março de 2011 | N° 16635
TAÇA PIRATINI


Mãos na Piratini

Em partida emocionante, Grêmio supera o Caxias nos pênaltis, depois do 2 a 2 no tempo normal, e fica com o título do primeiro turno

A decisão da Taça Piratini não precisou da presença do Inter para ser eletrizante. O Caxias, que surpreendeu pela organização e qualidade, só no final cedeu ao Grêmio o empate em 2 a 2.

O campeão só foi conhecido nas cobranças de pênaltis. Aí, brilhou a estrela de Victor. Ele recuperou-se de atuação comprometedora no tempo normal, defendeu duas cobranças e garantiu o título para o Grêmio, com o placar de 4 a 1.

Não faltou mistério à final. Renato arrastou a escalação de seu time até cinco minutos antes do jogo. Enganou a todos, menos a Lisca, técnico do Caxias, que já sabia da presença de Willian Magrão.

Lisca fez mais do que adivinhar a escalação do rival. Com competência, montou uma estratégia que, ao mesmo tempo, anulou as principais jogadas do Grêmio e levou perigo constante em avanços com velocidade. Primeiro, tirou proveito da ineficiência da dupla formada por Gilson e Carlos Alberto. Como os dois não se entendiam, a ponto de enervar os torcedores, o veloz lateral direito Alisson teve espaço para converter-se num perigoso atacante. Pelo mesmo setor, Edenilson foi incansável.

Não foi diferente no lado esquerdo. Com disposição incomum, Everton impediu os avanços de Gabriel e ainda deu trabalho constante para a zaga do Grêmio. O Caxias só não fez mais gols no primeiro tempo por culpa de Lima, 1m90cm, goleador do Gauchão, que fracassou duas vezes.

Um gesto de Renato sintetizou a desorganização da equipe no início do jogo. Com menos de 10 minutos, ele mandou todos os reservas para o aquecimento. Aos 19 minutos, Itaqui, da intermediária, acertou um chute forte em cobrança de falta. A bola desviou na barreira e Victor, que saltou atrasado, não defendeu.

Renato trocou Carlos Alberto por Bruno Collaço e o Grêmio, finalmente, começou a se achar em campo. André Sangalli salvou duas vezes, em cabeceio de Magrão e chute de Douglas, e Collaço, de voleio, quase empatou. A torcida ainda reclamava de Gilson, a ponto de Renato dirigir-se às sociais e, com as duas mãos, pedir calma. Aos 39 minutos, em tabela com Everton, Gerley marcou o segundo.

O alento gremista só veio no chute forte de Magrão, de fora da área, que venceu André Sangalli.

Com Lúcio no lugar de Gilson, o Grêmio tornou-se elétrico no segundo tempo. Teve chances em chutes de Douglas e André Lima e viu Sangalli salvar nos pés de Borges. André Lima marcou de cabeça, mas o gol foi anulado por impedimento.

Victor passou os oito minutos de acréscimo como centroavante, na área do Caxias. Aos 50 minutos, finalmente, Rafael Marques empatou, levando a decisão para os pênaltis.

LUÍS HENRIQUE BENFICA

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