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terça-feira, 15 de março de 2011
15 de março de 2011 | N° 16640
PAULO SANT’ANA
A galinhagem pardaleira
A reportagem do nosso companheiro Giovani Grizotti foi parar no Fantástico.
Também pudera, o repórter está arrombando a caixa-preta dos pardais das estradas e ruas gaúchas.
Soube-se pela reportagem que está sendo licitada para colocação de pardais não uma estrada, mas um caminho, uma servidão, onde não passam veículos, passam só bicicletas e galinhas.
Viva! Vão controlar a velocidade das galinhas gaúchas.
Quero lembrar a todos os pardaleiros e propineiros que a maior velocidade alcançada por uma galinha dá-se quando atrás dela vem correndo um galo.
Alertem-se os pardais para esta circunstância, quando o galo vem correndo atrás da galinha, esta quintuplica sua velocidade, pois está adivinhando que dali a segundos sofrerá uma bicada na nuca (ou no pescoço) e se verificará o mais rápido intercurso da história animal (calculam os zoólogos que o orgasmo do galo dura apenas um décimo de segundo).
Fora de brincadeira, a reportagem do Grizotti constatou que em algumas cidades gaúchas os termos da licitação para contratar pardais pelas prefeituras são confeccionados pelos próprios concorrentes e entregues aos prefeitos para que os assinem.
É uma bandalheira tão notável que funciona da seguinte forma a concorrência para aquisição dos pardais: três fornecedoras dos equipamentos entram na concorrência, já conhecendo elas quem será a primeira, a segunda e a terceira colocada. Combinam o valor das três propostas entre si.
Um escândalo.
Ficamos sabendo também, pasmem, que, em média, as prefeituras pagam para as empresas fornecedoras dos pardais 65% de todo o montante das multas, que como se sabe no RS são uma fortuna colossal.
Eu pensava que o dinheiro fantástico que as prefeituras arrecadam com as multas de trânsito revertessem para os cofres públicos e fossem empregados em benefícios materiais para a coletividade.
Qual o quê! O dinheiro das multas vai em 65% do total para os bolsos dos fabricantes e mantenedores dos pardais.
Há uma prefeitura no Estado, segundo a reportagem, que paga 85% do valor das multas para os pardaleiros.
Que cretinice!
Onde tem dinheiro e administração pública, tem maracutaia. Não é de estranhar que a fortuna arrecadada com multas de trânsito no RS esteja assim malbaratada, em alguns casos flagrados pela reportagem, indo para os bolsos de intermediários, de funcionários públicos e dirigentes municipais que fazem a farra com o dinheiro arrancado dos motoristas gaúchos pela forma da propina.
Que devassidão!
Quero dizer que sempre fui contra pardais. Já pela injustiça de que 90% das multas são contra motoristas que trafegam a 70 quilômetros por hora.
É o império da fúria arrecadatória e da trampolinagem da propina.
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