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sexta-feira, 25 de março de 2011
Jaime cimenti
Humor negro, alegria, liberdade, dor, tristeza e injustiça
Winkie, o primeiro romance do novelista norte-americano Clifford Chase, autor de The Hurry-Up Song (memórias da morte de seu irmão), editor do Queer 13: Lesbian and Gay Writers Recall Seventh Grade e autor de ficções que já figuraram em várias revistas e periódicos de literatura, foi inspirado no verdadeiro ursinho de pelúcia Winkie , que lhe foi presenteado pela mãe e que agora está com mais de oitenta anos e bastante surrado.
Bem recebida pelo público e pelos críticos, a ficção de Chase tem sido comparada a O processo, de Kafka, a Moby Dick, de Melville, e é marcada por um humor negro nunca visto antes. Winkie é um velho urso de pelúcia que ganha vida.
Décadas depois da última criança de uma família ficar velha para brincar com ele, o ursinho pula de sua prateleira e sai andando pela floresta perto da casa onde vivia. Numa noite aparentemente calma uma equipe da Swat invade a cabana onde Winkie mora, coloca-o em custódia e o acusa de 9.678 crimes, incluindo terrorismo, traição à pátria e bruxaria.
No julgamento, a promotoria tenta selar o destino do pequeno urso chamando para depor testemunhas dos julgamentos de Galileu, Sócrates, John Scopes, Oscar Wilde e das Bruxas de Salém.
O grande lance do livro é traçar um paralelo entre o sofrimento do urso e a situação vivida por diversas pessoas no mundo, que sofrem preconceito e são acusadas de diversos crimes apenas pela aparência. No decorrer do julgamento, os leitores vão se deparar com situações que ocorrem diariamente ao redor do planeta e que, segundo o autor, para a maioria das pessoas é normal e indiferente.
O romance foi caracterizado como mágico e excêntrico sobre a imaginação subversiva e o poder anárquico das histórias, além de assustadoramente belo, divertido, malicioso e irônico. O sofrimento emocional e moral de um urso de pelúcia conduz esta alegoria surpreendentemente verdadeira de nossa época marcada pelo terrorismo, referiu o Kirkus Reviews sobre Winkie.
Os leitores vão ver como o azarado ursinho ganhou movimento, liberdade e amor e foi parar no lado errado da guerra americana contra o terrorismo.
Personagens como uma servente muçulmana lésbica, um advogado gago e uma filhote de urso que vive citando Lacan, Winkie apresenta uma crítica mordaz da paranoia em que vivemos atualmente. Bertrand Brasil, 280 páginas, mdireto@record.com.br.
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