sexta-feira, 18 de março de 2011



Fim de veraneio

Esse veraneio no Litoral Norte foi longo. Onze fins de semana ao invés dos tradicionais oito. Agora o mar de março está lá, com águas mais claras e temperatura mais alta, como sempre. Como sempre as praias vão estar desertas. Por que não férias escolares até 15 ou 30 de março? Seria melhor para todo mundo.

Como sempre os municípios do Litoral Norte seguem arrecadando IPTU e outras taxas e pouco fazem pelos veranistas. Faltam lixeiras, decks para caminhadas na beira-mar, iluminação, tratamento de esgoto, cuidados com as dunas e melhor aproveitamento das praias etc. Será que não dava para, pelo menos, ter banheiros químicos melhores?

Em outras cidades, como Punta del Este, por exemplo, banheiros químicos são maiores, melhores e cuidados por pessoas ligadas ao município. Os cuidadores ganham gorjetas, fazem amigos, todo mundo sai lucrando. Não é complicado. Os veranistas, por sua vez, poderiam e deveriam jogar menos lixo, especialmente perto do mar. Um elogio: este ano, no centrinho de Atlântida, a Brigada Militar foi bem presente. Tomara que continue assim.

No mais, é aguardar pelo próximo verão, mantendo a esperança de melhores condições para férias e maior diálogo entre os moradores dos municípios do Litoral e os veranistas. Todos sairiam ganhando com uma conversa produtiva. Canalização, escolas, hospitais, limpeza pública, segurança, plantação de vegetação na beira-mar (como no Rio de Janeiro), melhores banheiros e quiosques, planejamento urbanístico e muito mais poderia acontecer.

Acho pouco as prefeituras ficarem só cobrando impostos e dependendo de iniciativas privadas como os condomínios horizontais, que, na real, providenciam a quase totalidade das infraestruturas que o poder público deveria proporcionar. Podemos mais.

Ou, então, muitos mudarão para outras praias e locais de veraneio (o que já acontece), com prejuízos e problemas para todos. Se o crescimento (ou decrescimento) dos municípios do Litoral não for acompanhado de melhor integração dos habitantes com os veranistas e de uma visão conjunta mais razoável, podemos imaginar como será o futuro. Ou a falta de futuro. Depende apenas de nós. Boa sorte e bom diálogo para nós

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