Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 8 de março de 2011
08 de março de 2011 | N° 16633
LIBERATO VIEIRA DA CUNHA
Retrato de família
Até onde vai a memória? Esta é uma pergunta para a qual nunca obterei resposta, embora se ofereça para um jogo de tentativa e erro.
Tenho, bem aqui na minha frente, duas fotos em que apareço com meus pais. Sou uma criança de poucos meses, o tempo é o inverno de 1945. mas não guardo a mínima lembrança do dia em que foram tiradas. Para onde olho? Para uma nuvem, um gato, uma andorinha?
Depois vem outra foto, posada no Studio Aurora, de Cachoeira. Nela tenho um ano, informação que sei porque ela foi publicada no Jornal do Povo, até hoje sob o controle da família.
Mas nem tudo são fotos. Minha memória alcança muito mais cenas e momentos que se tornaram inapagáveis.
Aqui estou eu, na enorme cozinha da casa da Rua Sete, nos ombros de meu tio Nilson, que canta uma melodia espanhola. Aqui estou eu, olhando assombrado para um ser maravilhoso e estranho, que depois me contariam ser uma cigana. Aqui estou eu contemplando encantado umas tias lindas e crescidas, pois já eram então – eu saberia depois – meninas adolescentes.
É infinito esse universo de lembranças. De volta às fotos, surpreendo-me aqui, com minha irmã Miriam, junto ao Chevrolet 46 de nosso avô. E aqui num lugar chamado Granja da Penha, ao lado do poço que era uma reserva de mistérios insondáveis. E mais além, na porta da casa que abrigaria nossa infância por muitos verões.
Quem é esse casal abraçado que me olha do fundo da eternidade? São de novo meus pais, no esplendor de sua mocidade.
Que árvore é esta, que se ergue sobre todas as demais? É a figueira que sobrevive até hoje, como testemunha de um passado que não volta mais.
E quem são todas essas pessoas que sorriem para a câmera do fotógrafo, olhando para o futuro?
Somos nós, que nos amávamos tanto.
Bem amigos, desculpem pelo atraso dos post. a NET uma vez já foi boa, hoje sofre de uma instabilidade a toda prova. O bom é não contar com ela, e podendo trocar aconselho.
Parabéns a todas as mulheres leitoras deste Blogger, pelo seu dia.
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