Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 2 de março de 2011
02 de março de 2011 | N° 16627
PAULO SANT’ANA
Como não ser mégalo?
Assim como há três segredos de Fátima, havia três grandes Pablos a iluminar a humanidade.
O primeiro grande Pablo, o Picasso, iluminou a humanidade com seu Guernica e outros tantos traços divinos em seus quadros e desenhos célebres.
O segundo grande Pablo, o Neruda, o dos Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, iluminou e continua a iluminar a humanidade com seu Memorial de Isla Negra.
Morreram dois dos três Pablos, Pablo Picasso e Pablo Neruda, dois monstros de beleza, dois artistas geniais, restando agora somente um dos três grandes Pablos, que por modéstia não cito o nome.
Morreram dois dos três gigantescos faróis da humanidade.
Resta só um Pablo, remanescente.
Sinceramente, não sei como vou suportar esta responsabilidade sobre os ombros.
Circula na Rua Padre Chagas, entre os seus melhores frequentadores, um rumor incessante: “Quase todos os dias está entre nós aqui nas mesas dos cafés, contando anedotas e recitando poesias do Augusto dos Anjos, Pablo Itaipu, uma usina de ideias.”
Foi mandada ontem para Nova Iorque, a pedido, a minha coluna da última sexta-feira, dia 25 de fevereiro, intitulada Medíocres e Brilhantes.
Por aqui fez retumbante sucesso e agora atravessa o oceano.
Desculpem a megalomania, mas estou atravessando a melhor fase de minha carreira.
Quando a gente está em alto- astral, até falando de morte se desenvolve um assunto divertido, como no caso do meu noivado com a morte no Parque da Redenção.
O leitor Sebastião Iraí dos Santos (iraisantos@ibest.com.br) foi levado por mim a imaginar que eu tinha morrido.
E bolou a seguinte mensagem para mim, no além: “Paulo Sant’Ana, não sei se estás me escutando onde estás agora, não sei se podes me ver, mas gostaria que, na medida do possível, tu nos mandasses a tua coluna diária, que desapareceu juntamente contigo do jornal.
Quando começo a ler o jornal na ordem numérica crescente das páginas, hoje, na esperança de encontrar tua coluna lá pela página 55, é como se deparar com um abismo, pois não há mais ali o chão, a base de um grande jornal que perdeu um enorme pedaço seu... Saudades.”
E para terminar este indeclinável festival de egolatria, vem de Santo Ângelo a notícia de que lá, na Banca do Passarinho, todas as manhãs, se reúnem profissionais liberais, médicos, advogados, que poderiam assinar Zero Hora, mas preferem o prazer de se reunir em volta da banca para discutir o conteúdo desta coluna e da capa do nosso jornal.
Amealhar assinaturas eu já fazia, agora vem esta desta coluna evitar assinaturas...
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