Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Ficção e perda de tempo
ELIANE CANTANHÊDE
Ficção e perda de tempo
BRASÍLIA - Renan Calheiros não será cassado e a CPMF não será revogada. Ponto. Apesar dessas certezas, o Congresso, o governo, a imprensa e parte do país vão passar ainda um bom tempo entretidos com formalismos inúteis.
A quarta representação contra Renan foi enviada pela Mesa do Senado ao Conselho de Ética ontem, e a votação dos destaques do projeto de prorrogação do imposto na Câmara será na terça-feira.
Depois, vem o segundo turno e, no fim, tudo de novo no Senado. Os parlamentares vão gastar saliva, a imprensa vai jogar papel fora e a opinião pública vai perder a paciência. Para nada.
Ontem, o PT no Senado escancarou ao propor a unificação de todos os variados processos contra Renan. Leia-se: "Gente, não vai acontecer nada mesmo. Então, vamos acabar logo com essa palhaçada".
A nova rodada CNI-Ibope mostra sólidos 48% de aprovação para Lula, e o governo continua ganhando todas. A oposição? Bem, enrolou-se com a versão equivocada de que a questão Renan era uma disputa governo-oposição, quando não era. E queria na verdade pressionar e incomodar o governo com a votação da CPMF, mas não exatamente derrubar o imposto.
Segundo Lula, "nem o governo Lula nem o governo de qualquer outro ser humano poderia abrir mão da CPMF". Jura? Reportagem de Gustavo Patu na Folha de terça mostrou que o governo Lula, não o de qualquer outro ser humano, promoveu um aumento da máquina estatal correspondente a duas vezes a arrecadação da CPMF.
Num bom equilíbrio, o governo deveria segurar os gastos com o aparato governamental e reduzir a alíquota da CPMF (ou restituir uma parte, ou desonerar a folha de pagamento).
Aliás, Lula prometeu isso aos seus líderes. Se vai cumprir? Sabe-se lá. Lula ganha todas, o Congresso perde, e quem se dá bem é a base aliada, essa cujo grande herói hoje é Renan Calheiros.
elianec@uol.com.br
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