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sábado, 29 de setembro de 2007
29 de setembro de 2007
N° 15381 - Paulo Sant'ana
Saúde no Alegrete
É certo que viria resposta do prefeito de Alegrete às acusações da promotora local de descaso no transporte de doentes para Porto Alegre: "Caro SantAna:
jamais desejamos ocupar teu valoroso espaço para expormos situações limitadas ao nosso município de Alegrete, mas diante de colocações sem nenhum cunho aprofundado pela promotora de Justiça Alessandra Moura, vimos solicitar nosso direito de resposta para fazermos algumas correções no que foi noticiado.
Até alguns anos atrás, quando questionados em algum lugar, os alegretenses respondiam sobre a sua naturalidade de maneira sucinta e em tom adequado de voz.
Nos dias atuais, Alegrete transformou-se em uma espécie de grife, principalmente após tu teres te declarado filho de coração deste pago pelas relações que manténs conosco, após o conterrâneo Ernesto Fagundes fazer show na Europa vestindo orgulhosamente a camiseta do Flamenguinho do Alegrete e após o melhor árbitro do Brasil, Carlos Eugenio Simon, desfilar em duas Copas do Mundo, em seus dias de folga, com a indumentária do Efipan (maior evento de futebol infantil do mundo).
Poderíamos citar muitos outros motivos para justificar as causas que os nossos conterrâneos no presente enchem o peito para quase gritar sou do Alegrete.
Com todo este clima, do grande desfile de cavalarianos e visita da governadora, deparamos com tua coluna no sentido inverso, em face do texto redigido por uma de nossas promotoras.
SantAna, cabe esclarecer que sou prefeito por quatro mandatos e fui também deputado estadual e em nenhum momento tive qualquer problema com o Ministério Público, sempre respeitei a hierarquia dos poderes.
Assim sendo, não posso aceitar ingerência sobre o Poder Executivo como o sugerido de nomeações etc., senão estaríamos, após a Constituição de 1988, saindo de um período de exceção militar para um do Ministério Público, algo que não acreditamos.
Pelo texto, parece que não temos respeito pela comunidade: transporte de gado. É exatamente o contrário...
O nosso Alegrete tem dado exemplos amplamente positivos na área da saúde junto à gestão do atual secretário: diminuímos a mortalidade infantil nos últimos quatro anos de 20,54 (2004) - 16,2 (2005), - 13,9 (2006) para 10,8 (2007),
estamos ampliando o nosso pronto-socorro municipal, ampliando atendimento médico desde a atenção básica até a assistência, o município mantém repasse regular para manter nosso hospital filantrópico atendendo à comunidade, muitas vezes extrapolando a responsabilidade do município.
Estamos atualmente investindo em torno de 22% (último quadrimestre) do orçamento em saúde, certamente em prejuízo a outras áreas, mas é a solução até a regulamentação da Emenda Constitucional 29, aprovada lá no ano de 2000, que obriga, além dos municípios colocarem no mínimo 15% em saúde, os Estados, 12%, e a União, 10%, és sabedor que apenas os municípios a cumprem.
Sobre o transporte fora do domicílio, cabe esclarecer que está disponível a todos os usuários sob a responsabilidade do município, respeitando sempre as diretrizes do SUS.
Até o momento do ano, foi investido pelo município de Alegrete em torno de R$ 250 mil somente para quem necessita tratar-se em outra localidade, as questões levantadas na coluna há muito já estão sanadas.
Acho que estes esclarecimentos demonstram, pelo menos em parte, o respeito que a prefeitura municipal de Alegrete através de sua Secretaria de Saúde tem com seus usuários. Um caloroso abraço (ass.) José Rubens Pillar, prefeito, e Paulo Eduardo Bastos, secretário da Saúde".
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