Câmeras corporais aprovadas
Apesar de serem números preliminares e do tempo de avaliação ser pequeno, já são nítidos os ganhos com o começo do uso de câmeras corporais por policiais militares da Capital. Algumas estatísticas foram apresentadas ontem no Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, pelo comandante da BM de Porto Alegre, Fábio da Silva Schmitt, em entrevista ao repórter Guilherme Milman.
Os números são referentes ao 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) da Capital, responsável pelo policiamento na área central da cidade, o primeiro que passou a utilizar as câmeras corporais, em 30 de setembro do ano passado. Desta data até o dia 10 de dezembro, foi significativa a queda de procedimentos internos voltados a apurar possíveis más condutas de PMs.
A comparação foi feita com igual recorte temporal de 2024. A quantidade de sindicâncias caiu 41,7%. Os processos administrativos disciplinares (PADs), que investigam e punem eventuais infrações, recuaram 41,9%. O total de inquéritos policiais militares (IPMs) foi reduzido em 45%. As câmeras, já mostraram outras experiências, são um incentivo a mais para a correção das atitudes dos servidores da segurança.
Levantamentos sobre resultados da utilização dos dispositivos em outros Estados brasileiros demonstram significativa queda na letalidade policial e até aumento da quantidade de mulheres que, encorajadas pela presença das câmeras, denunciam companheiros violentos. Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF), por determinação do Ministério da Justiça, também passarão a dispor da tecnologia.
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