
Revitalização do Dilúvio, um assunto de todos
Marina e os direitos das mulheres
Em visita a Porto Alegre nesta terça-feira para participar da 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, disse que o presidente Lula tem trabalhado para combater ataques aos direitos das mulheres.
A fala veio à tona quando Marina foi questionada sobre o pronunciamento da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, a qual afirmou, na segunda-feira, que durante a sua gestão sofreu "uma campanha sistemática e misógina".
- O presidente Lula tem trabalhado junto com a ministra Cida (Gonçalves, ministra das Mulheres do Brasil), junto com a primeira-dama (Janja), que é muito envolvida nessa agenda, e todos nós, para fazer o combate a essas formas perversas de ataque ao direito das mulheres - disse Marina durante a visita. _
O projeto está bem no começo, mas vale os porto-alegrenses prestarem atenção e se integrarem aos debates - até para não reclamarem depois. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), e o consórcio Regeneração Urbana Dilúvio realizam hoje uma consulta pública para receber da população sugestões para o projeto da Operação Urbana Consorciada (OUC) de revitalização do Arroio Dilúvio.
As propostas farão parte de um programa urbanístico específico que contemplará ações de transformação urbanística ao longo de 9,4 quilômetros da Avenida Ipiranga, com revitalização e despoluição do curso d?água, criação de um novo parque linear, melhorias na mobilidade, no saneamento e na drenagem. A ideia da prefeitura, que deve virar um projeto a ser encaminhado à Câmara no segundo semestre, transforma a região no eixo da Ipiranga em uma Operação Urbana Consorciada, que flexibiliza regras de ocupação do solo. Em contrapartida, investidores viabilizarão obras de despoluição, desassoreamento, contenção e paisagismo.
Circulação
Para ampliar o espaço de circulação de pedestres, o projeto propõe construção de varandas suspensas sobre as águas, ampliação das ciclovias e passagens de pedestres, de modo a integrar o Dilúvio a outros parques da cidade.
O principal objetivo da atividade de hoje é receber sugestões da população que mora, trabalha ou utiliza essa região. Às 9h, ocorre a abertura oficial, com a presença do prefeito Sebastião Melo e do secretário de Meio Ambiente Germano Bremm.
A partir das 10h, os técnicos do consórcio contratado farão a apresentação detalhada dos estudos e das propostas prévias. A população pode participar dos debates durante todo o tempo. O debate ocorre no auditório da Smamus, na Rua Luiz Voelcker, 55, Três Figueiras, Porto Alegre. _
Marina e as usinas de carvão
Candiota segue aguardando uma decisão do governo federal sobre volta ou não da usina termoelétrica do município. A unidade está desligada desde 1° de janeiro, quando terminou o contrato para a venda de energia ao governo federal.
A ação segue uma diretriz do governo, que é da eliminação dos combustíveis fósseis. O assunto não é de hoje. O tema já é debatido desde a COP28, em 2023.
Durante a visita, a coluna perguntou à ministra Marina Silva sobre como realizar a transição energética sem que se afete a população, já que milhares de moradores de Candiota e região dependem da usina.
- A população está sendo afetada. Ela é afetada de várias formas. Afetada pelos efeitos indesejáveis da transição e pelos efeitos indesejáveis da mudança do clima. Nós temos de trabalhar para ter alternativas para geração de emprego, geração de renda - respondeu. _
Crônicas sobre a enchente
A tragédia climática que se abateu sobre o RS em 2024 gerou memórias que, por vezes, se transformam em arte.
É o caso do livro Quando Tudo Transborda: Crônicas de Uma Natureza Represada (Editora Dialogar), que a jornalista gaúcha Cristiane Avancini Alves, doutora em Direito pela Scuola Universitaria Superiore Sant?Anna - Pisa, Itália, lança hoje, na Livraria Taverna (Casa de Cultura Mario Quintana), em Porto Alegre, a partir das 19h.
Nas crônicas, Cristiane traz olhares e reflexões da personagem Marta, confrontada com situações do cotidiano modificado pela enchente. E proporciona um encontro com personagens e sentimentos, que, de alguma forma, brotaram em todos nós: medo, angústia, solidariedade. _
Em 2024, profissionais contratados pela prefeitura realizaram estudos ambientais, econômicos, urbanísticos, sociais, demográficos e de mobilidade na região. Veja algumas das sugestões
Rede de Infraestrutura Verde e Azul
Criação do Parque do Arroio Dilúvio e implantação de corredores verdes conectando áreas já existentes e novas. Estão previstas ações de arborização urbana, a criação de biovaletas vegetadas (canais rebaixados que incorporam elementos naturais como solo drenante, pedras e vegetação) para pré-tratamento das águas pluviais e soluções que aumentem a retenção da água no solo, reduzindo impactos das chuvas intensas.
Infraestrutura de Macrodrenagem e Saneamento
Ampliação do sistema de drenagem, incluindo 7,1 km de novas redes, melhorias em três estações de bombeamento de águas pluviais e a construção de 15 reservatórios de amortecimento de vazão. Também estão previstas ações como a interceptação de redes de esgoto e drenagem pluvial, direcionando o fluxo ao Sistema de Esgotamento Sanitário da Ponta da Cadeia, na Zona Sul.
Rede de Mobilidade
Ampliação de calçadas, implantação de ciclofaixas e ciclovias exclusivas para uso de bicicletas e patinetes, além da construção de novas passarelas sobre o arroio.
Melhorias Habitacionais e Equipamentos Públicos
Regularização e urbanização de assentamentos do perímetro, destinação de terrenos e alocação de parte das receitas da OUC para investimentos em habitação e novos equipamentos públicos.
Após relatos de casos de usuários que estariam comprando drogas com cartões do Bolsa Família na Capital, o vereador Ramiro Rosário (Novo) protocolou na prefeitura pedido de informações e a urgência no recadastramento do CadÚnico. A prefeitura diz que os critérios do benefício são do governo federal.
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