segunda-feira, 10 de março de 2025



10 de Março de 2025
POLÍTICA E PODER

PP gaúcho começa a se movimentar para 2026

Maior partido do Rio Grande do Sul em número de prefeituras, o PP começou a traçar estratégias para as eleições de 2026. Reunião da executiva na última quinta-feira definiu pela criação de uma comissão interna para recrutar concorrentes ao Legislativo e avaliar nomes para a chapa majoritária.

O discurso oficial é de que a legenda terá candidato próprio a governador, sustentado no crescimento registrado na eleição municipal, quando passou de 144 para 164 prefeitos no Estado. No entanto, a ausência de um nome óbvio e as experiências recentes encabeçando chapas dificultam a empreitada.

Presidente estadual do PP, o deputado Covatti Filho diz que antes de lançar um pré-candidato, é preciso ouvir as bases e elaborar um projeto.

- Partido que não pensa grande se apequena. Dos nomes colocados até agora, nenhum tem currículo melhor que o dos nossos deputados estaduais e federais - argumenta Covatti.

Reservadamente, integrantes da legenda admitem que a definição levará em conta as pesquisas disponíveis no ano que vem e que não teria sentido bancar uma candidatura "suicida" caso o PP não tenha um concorrente competitivo.

Cálculos nos bastidores

Ainda sem um pré-candidato para chamar de seu, deputados e dirigentes já começaram a fazer cálculos sobre a eleição e eventuais composições. Enquanto alguns almejam manter o partido na aliança governista, que provavelmente será liderada por Gabriel Souza (MDB), outros preferem uma coligação com o PL e a formação de uma frente de direita.

A aliança com Gabriel esbarra na rivalidade entre PP e MDB no Interior, que remonta o período do regime militar e segue vigente em municípios de diferentes regiões. Deputados governistas, no entanto, argumentam que a briga se tornou menor diante da polarização entre PL e PT.

Por outro lado, a impressão de outra ala da legenda é de que a base partidária, simpatizante do bolsonarismo, teria preferência por uma aliança com o PL, cujo candidato mais provável é Luciano Zucco. Há certo incômodo, no entanto, com a estratégia de Zucco, que opta por uma imposição pública da candidatura em vez de tratativas reservadas.

Com o mandato vencendo em 2026, o senador Luis Carlos Heinze ainda não se lançou publicamente à reeleição. Correligionários acreditam que deseja manter a cadeira no Senado, mas avaliam que não recusaria concorrer à Câmara dos Deputados. _

Será em 11 de abril a eleição interna do PP para o comando da Famurs. Estão no páreo os prefeitos Volmir Rodrigues (Sapucaia do Sul), Adriane Oliveira (Nonoai), Schamberlaen Silvestre (Cambará do Sul) e Marcos Corso (Três de Maio).

Para onde vai o Pix

Será lançado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos próximos dias um painel que permitirá aos cidadãos conhecer o destino das "emendas Pix" enviadas por deputados e senadores ao Rio Grande do Sul. Com a ferramenta, será possível verificar para qual cidade ou região cada um dos 31 deputados federais e dos três senadores encaminhou as emendas. Também haverá um filtro indicando o valor que cada município recebeu e onde pretende aplicar o dinheiro.

A expressão "emenda Pix" foi cunhada pois o recurso é repassado sem a necessidade de um convênio ou um projeto em andamento, o que agiliza o pagamento. _

Dia de posse no Tribunal

Tomam posse hoje, às 14h, cinco novos desembargadores do Tribunal de Justiça. Quatro foram indicados pela regra do quinto constitucional: João Pedro Xavier e Márcio Schlee Gomes ocupam vagas do Ministério Público, enquanto Alexandre Gastal e Cristiane Nery preenchem cadeiras reservadas a advogados. O único magistrado de carreira é Márcio Keppler Fraga, que atua 2ª Turma Recursal Cível do TJ. _

Jair Krischke celebra reflexões provocadas por Ainda Estou Aqui

Na metade da semana passada, o vereador Pedro Ruas (PSOL) foi tomado por surpresa quando soube que o amigo Jair Krischke, expoente internacional da luta por direitos humanos, ainda não havia assistido ao filme Ainda Estou Aqui. De imediato, Ruas fez questão de combinar com Jair de levá-lo ao cinema ontem para apresentá-lo ao longa brasileiro vencedor do Oscar na categoria filme internacional.

Assim que deixou a sala, Jair avaliou que a obra é "impactante, sensível e muito bem feita":

- O filme tem o dom de trazer ao debate o terrorismo de Estado que aconteceu no Brasil. Como não existem políticas públicas de memória e há um negacionismo muito forte, esse filme coloca em discussão na sociedade brasileira e em nível internacional a questão da impunidade e a memória sobre a ditadura.

O ativista lembrou que, diferentemente do Brasil, outros países da América Latina, como Argentina e Uruguai, puniram os líderes autoritários.

- Temos necessidade de nos debruçar sobre esse passado recente porque precisamos consolidar a democracia. Veja o que ocorreu em 8 de janeiro. Se não houver memória, pode-se repetir a tragédia -completou.

Ao lado do amigo, Ruas celebrou o reconhecimento internacional alcançado por Ainda Estou Aqui:

- Estamos há 40 anos lutando por memória, verdade e justiça, e esse filme representa nossa luta. _

Retorno às origens

Número 2 da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, o adjunto Gabriel Fajardo deixou o cargo na semana passada. Após dois anos no Rio Grande do Sul, ele voltará a trabalhar em Minas Gerais, seu Estado natal.

Fajardo foi convidado a integrar a diretoria da Codemge, empresa pública ligada ao governo mineiro.

O novo adjunto da Secretaria da Reconstrução, que tem Pedro Capeluppi como titular, ainda não foi escolhido. O cargo deve ficar com alguém de perfil técnico. _

mirante

Presidente da Câmara de Porto Alegre, Comandante Nádia (PL) propôs conceder a comenda Porto do Sol, maior honraria da Casa, à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Por sua vez, a vereadora Karen Santos (PSOL) indicou a ativista Maria da Penha para receber o título de Cidadã de Porto Alegre. Prefeito reeleito de Palmeira das Missões, Evandro Massing (PT) avalia renunciar para concorrer à Câmara dos Deputados em 2026.

POLÍTICA E PODER

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