
Mercado volta a elevar projeção de inflação para 2025
Analistas do mercado financeiro aumentaram de novo a projeção de inflação no Brasil para 2025. Conforme o Relatório Focus publicado ontem pelo Banco Central (BC), a estimativa do IPCA para este ano cresceu de 5,65% para 5,68%.
O aumento na previsão afasta ainda mais o índice do teto da meta de inflação estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, a meta é de 3% de inflação, com a tolerância podendo chegar ao máximo de até 4,5%.
- Há alta nos preços de serviços, preços de alimentos, no câmbio, então todo esse cenário corrobora por uma inflação que deve continuar acima da meta estabelecida - afirma o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.
A alta dos preços, que impacta diretamente o poder de compra da população, deve contribuir para a continuidade do ciclo de elevação da taxa Selic previsto para os próximos meses. Atualmente em 13,25%, a projeção do Focus é que a taxa encerre 2025 em 15% ao ano.
- O cenário de inflação se mantém parecido, sem perspectivas de inflação na meta de 3% ao ano mesmo quando olhamos para prazos mais longos, como 2027. Nesse sentido, talvez o juro precise subir um pouco mais do que os 15% esperados pelo mercado - complementa o economista Reginaldo Nogueira, diretor nacional do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
Ainda longe da meta nos próximos anos
Para 2026 e 2027, o Focus desta semana manteve as projeções de inflação da semana anterior. Os especialistas ouvidos consideram que o IPCA deverá fechar o próximo ano com acúmulo de 4,40%, e de 4% no ano seguinte.
Em janeiro, o acumulado dos últimos 12 meses do IPCA caiu de 4,83% para 4,56%. A próxima atualização do índice, relativa a fevereiro, será apresentada amanhã.
Os outros principais indicadores medidos pelo Relatório Focus se mantiveram estáveis nesta semana em relação à semana anterior. Mesmo após o resultado de 3,4% de crescimento do PIB em 2024, a projeção dos especialistas para o PIB deste ano se manteve apontando elevação de 2,01%. _
Educação japonesa
Fundada em 1954 no Japão, a rede de educação Kumon prevê abrir 10 franquias no Rio Grande do Sul em 2025. A empresa já atua em 40 cidades gaúchas, com 58 unidades. Pretende aumentar a operação com foco em Porto Alegre, onde tem 14 franquias.
Conforme o vice-presidente do Kumon na América do Sul, o gaúcho José Julio Segala, há espaço para crescimento no mercado do Estado.
- O foco é a região metropolitana de São Paulo, que tem o maior potencial de mercado da América do Sul, mas o Rio Grande do Sul está entre as cinco prioridades do Kumon na região - afirma Segala.
O Kumon tem 4,8 mil alunos no Estado, com metodologia japonesa direcionada para o estudo de português, inglês e matemática. _
O risco de recessão nos EUA em razão das tarifas fez o dólar subir para R$ 5,852, ontem. O presidente Donald Trump não descartou essa possibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário