Bolsas ajudam a bancar pós-graduação no Brasil e no exterior
MICHELE LOUREIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
31/01/2016 02h00
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Uma saída para quem planeja uma pós-graduação é tentar uma bolsa de estudo.
Há três fontes de financiamento público para mestrado e doutorado no Brasil: a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e as fundações estaduais de amparo à pesquisa.
Os valores variam entre as fundações estaduais, mas grande parte delas usa como base a remuneração da Capes e do CNPq: R$ 1.500 para quem cursa um mestrado, R$ 2.200 para doutorado e R$ 4.100 para os alunos de pós-doutorado.
Em geral, as bolsas de mestrado duram 24 meses e as de doutorado, 48 meses.
Cada fundação define as regras para o processo seletivo e as exigências para a concessão dos valores. Algumas exigem relatórios periódicos, por exemplo.
A Capes recomenda procurar a coordenação do curso de pós-graduação em que o aluno pretende ingressar para se informar sobre os procedimentos e requisitos.
É importante lembrar que as bolsas são quase todas direcionadas para pesquisadores em tempo integral, o que impede acumular a ajuda de custo com um salário.
REFORÇO
Há ainda ao menos duas instituições privadas que fornecem bolsas parciais de estudo –o Instituto Ling, em Porto Alegre, e a Fundação Estudar, de São Paulo.
A organização gaúcha concede ajuda de custo para mestrado e pós-graduação em administração, direito, jornalismo, engenharia e liderança.
Só podem concorrer alunos já aprovados em universidades estrangeiras e institutos parceiros.
Os valores variam de acordo com a área escolhida, mas podem chegar a US$ 35 mil para um MBA.
O instituto pede, contudo, que o bolsista doe o valor obtido quando terminar os estudos e voltar ao mercado.
Já a Fundação Estudar oferece de R$ 200 a R$ 2.000 por mês a alunos de cursos no Brasil e de US$ 5.000 a US$ 20 mil por ano para quem opta por estudar no exterior.
No último ano, 4.000 candidatos se inscreveram para o processo seletivo, que tem sete fases. Apenas 24 foram escolhidos.
"Selecionamos alunos com viés empreendedor e potencial para provocar impacto na sociedade", afirma Tiago Mitraud, diretor da Fundação Estudar.
O engenheiro José Frederico Lyra Netto, 41, foi um dos contemplados em 2013. Ele ganhou US$ 20 mil para cursar o mestrado profissional em políticas públicas da Universidade Harvard.
"Vendi meu carro, juntei minhas reservas e procurei bolsas", diz Netto. Ele pagou US$ 100 mil pelo curso.
"Mesmo assim precisei fazer um empréstimo a juros baixos nos Estados Unidos e vou pagar a dívida em 20 anos", conta o engenheiro.
O investimento, diz, já compensou. Há dez meses, ele trabalha como líder de equipe na consultoria de gestão estratégica Falconi, em São Paulo.
ONDE PROCURAR
Capes
www.capes.gov.br
CNPq
www.cnpq.br
Fapesp
www.fapesp.br
Fundação Estudar
www.estudar.org.br
Instituto Ling
www.institutoling.org
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