16 de fevereiro de 2016 | N° 18447
EDITORIAIS
PAUTA INDIGESTA
O Congresso, que retoma de fato as atividades parlamentares nesta semana, tem pela frente uma extensa pauta de problemas no âmbito político e econômico. Além de temas relacionados diretamente até mesmo ao futuro de parlamentares e da própria presidente Dilma Rousseff, há questões inadiáveis, cujo objetivo é deter o agravamento da crise econômica.
A pauta do Congresso é também a pauta do país, que precisa agir diante de questões como a estagnação, a inflação e o desemprego. Doa a quem doer, essa agenda indigesta precisa ser enfrentada.
Diante da gravidade da situação econômica, com repercussão no cotidiano de todos os brasileiros, pendências de natureza política, que já deveriam ter sido resolvidas mais atrás, não deveriam se impor ou prejudicar o encaminhamento das demais. Entre os temas ainda à espera do aval dos parlamentares, estão as ações contra o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O Legislativo terá de se pronunciar também sobre as contas da presidente Dilma Rousseff, que tiveram sua reprovação recomendada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O Planalto e o Congresso precisam chegar a um entendimento mínimo que, acima de divergências políticas, permita uma decisão sobre questões emergenciais para o país. Entre elas, estão reformas inadiáveis, como a da Previdência, além de medidas integrantes do ajuste fiscal e o projeto que regulamenta o teto de remuneração do serviço público, capaz de gerar uma economia anual de R$ 10 bilhões ao Tesouro. A sociedade tem o direito de exigir que políticos e gestores públicos cumpram com suas atribuições diante de momentos cruciais como o atual.
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