sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016



Jaime Cimenti

Diário de viagem, cultura pop e memórias
EDITORA NOVAS IDEIAS /DIVULGAÇÃO/JC
  
Tudo que um geek deve saber - uma incrível jornada épica entre RPG, jogos on-line e reinos imaginários (Editora Novo Conceito, 432 páginas, tradução de Ivar Panazzolo Júnior), do poeta, professor e jornalista norte-americano Ethan Gilsdorf, crítico de filmes, livros e restaurantes, autor de livros de viagens, arte e cultura pop e redator de manuais, é, antes de tudo, uma mistura, um cruzamento de O senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, com On the road, de Jack Kerouac.

Gilsdorf publicou muitas histórias de viagens, arte e cultura pop no The New York Times, Boston Globe e Christian Science Monitor. Seus textos foram lidos em diversos jornais ao redor do mundo, como o National Geographic Traveler, Psychology Today, The San Francisco Chronicle, The Australian Financial Review, USA Today e Washington Post. Durante décadas, jogou religiosamente Dungeons & Dragons, jogo de narrativa épica contínua e alguns personagens com vidas intermináveis.

Na narrativa de Tudo o que um geek deve saber, Gilsdorf mostra uma jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos. Gilsdorf conta não somente sua história, mas a da cultura pop. Ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua "família" e, no incrível tour, viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds.

Em meio à jornada, Gilsdorf visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída com os mesmos recursos utilizados no passado e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O senhor dos anéis.

A narrativa mescla diário de viagem, análise da cultura pop e memórias do autor, que foi viciado no game Dungeons & Dragons, atravessa os Estados Unidos, o mundo e outros mundos! De Boston a Nova Zelândia, do Planeta Terra aos reinos de Azeroth, a odisseia pessoal, a crise medieval de meia-idade e a pesquisa de coisas malucas e estranhas dos nerds vai levando os leitores a uma viagem divertida ao coração da fantasia. O leitor vai saciar o desejo de ser diferente. A narrativa lembra O senhor dos anéis e On the road, o clássico de Jack Kerouac e não respeita limites geográficos e temporais. Imperam a fantasia e a liberdade.

Nas linhas finais, estão palavras de Frank Mentzer, mestre da Convenção de Jogos do Lago Genebra: "Vencer não é tudo. É a única opção", mas o que o D&D mostrou às pessoas é que a felicidade é a jornada, não o destino. Não é quem vence o jogo, é o que você faz durante a partida. E o jogo todo se transforma naquilo que você faz durante a partida". No fim da obra está um glossário de termos e abreviações para facilitar a leitura.

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