Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
domingo, 6 de março de 2011
ELIANE CANTANHÊDE
Copa e eleições, um passeio
BRASÍLIA - Dilma ficou calada, enquanto Guido Mantega e Miriam Belchior anunciavam cortes fantásticos de R$ 50 bilhões que, até agora, ninguém sabe, ninguém viu -nem imagina quando, onde e se ocorrerão. Mas há suspeitas de como o governo vai acochambrar tudo: nos preparativos da Copa do Mundo de 2014.
Assim: remenda-se o que foi "cortado" e joga-se tudo no mesmo saco, o saco sem fundos da Copa. Exemplo: as polícias estaduais não terão condições de assumir sozinhas as implicadíssimas operações de segurança país afora. Chamem-se as Forças Armadas! Obviamente, recompondo os cofres do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
A Copa do Mundo vai servir, portanto, como um guarda-chuva para cobrir receitas e despesas e encobrir cortes que não são necessariamente cortes. Vale para a Defesa como para Cidades e Turismo, por exemplo, que também são fundamentais para a Copa e encabeçam a lista dos mais atingidos pelas tesouradas de Mantega e Belchior. Onde já se viu um empreendimento desse tamanho sem gastar em Cidades? E em Turismo?!
Nem importa, aí, se o ministro de Turismo é aquele octogenário das notas fiscais de motéis em situações e circunstâncias inimagináveis. E que, além disso, ou principalmente, é amigão e conterrâneo do mandachuva e do manda-cargos no governo Dilma tanto quanto foi no de Lula: José Sarney.
O mais impressionante, entretanto, é aquele detalhe que não sai da cabeça da gente: 2014 é ano de Copa, mas é também ano de eleição. Você, que sabe das coisas, pode imaginar que se gasta muito em Copas e que se gasta muitíssimo em anos eleitorais.
Os tribunais de Contas e todos os demais órgãos fiscalizadores vão precisar de muita gente, energia e verba para acompanhar o passeio do dinheiro entre obras e campanhas. Devem se esfalfar tanto quanto os atletas. E bem mais ostensivamente do que os políticos.
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