quinta-feira, 3 de março de 2011



03 de março de 2011 | N° 16628
PAULO SANT’ANA


Nossos prestadores

Você já reparou, leitor ou leitora, quantas pessoas lhe prestam serviços ao longo de sua vida? São inúmeras, é o ascensorista, é o engraxate, é o zelador de seu edifício, é o guarda-noturno da quadra em que você reside, é o rapaz que lhe faz a Mega-Sena, é a costureira, é o médico, é o flanelinha (aquele que não lhe exige pagamento, você dá se quiser), enfim, uma legião de gente e profissões a seu serviço, tornando mais suave a sua vida.

Em agradecimento a essas pessoas, escolhi hoje três prestadores de serviços que me ajudam a levar a vida em frente no cotidiano.

O primeiro é o meu barbeiro, o Martins, do Salão Dia e Noite.

Vocês precisam ver o cuidado do Martins para fazer a minha barba. A cirurgia que me fez certa vez o Dr. Ivo Pitanguy puxou as peles do meu rosto para trás. Então começaram a aparecer tufos de barba atrás da minha orelha, antes da cirurgia não nasciam pelos naquele lugar.

Por sinal, me lembrei agora de um fato: o daquela senhora que já botou tanto botox no rosto que, sempre que dirige seu carro e dá uma travada, surge nos seus lábios uma gargalhada.

Voltemos ao Martins, meu barbeiro. A meticulosidade com que ele serpenteia a gilete no meu rosto é espetacular.

E de três em três dias eu apelo para o Martins para manter a minha boa aparência. Que paciência tem o Martins! E nunca me deu um talho, que habilidade! E depois de tantas passadas da gilete não me sobra nenhum fio de barba no rosto. Além disso, ele me pela as orelhas, apara as sobrancelhas e as narinas. Este Martins é um cracão! Obrigado, Martins.

O meu outro impecável prestador de serviços é o Fabiano Miotto, gerente de vendas da Ramada, a revendedora Mitsubishi da Avenida Ipiranga.

Se fura um pneu do meu carro ou quebram um vidro retrovisor, me lembro do Fabiano e apelo para ele. Qualquer conserto ou revisão de que é passível meu carro, não falo com os mecânicos ou chapeadores, vou direto no Fabiano e ele resolve tudo e bem rápido. Que cara, que grande e eficiente servidor tu tens, Luís Paulo Jardim!

E minha terceira reverência aos que me prestam seus serviços na minha cidade é ao Luiz Tesche, um óptico de quase 40 anos de profissão, que trabalhou mais de 30 anos na Foernges e agora é proprietário de uma óptica defronte à Santa Casa.

Se perco meu óculos, se quebro meus óculos, se aumenta o grau dos meus óculos, procuro o Luiz e ele faz derrubar sobre mim toda a sua competência.

Eu fico elogiando o oftalmologista Joaquim Cruz e ingratamente me esqueço do Luiz Tesche, sem os ópticos os oftalmologistas sofreriam irreparável perda.

Parece que saiu uma carga sobre mim. É que há pessoas que nos servem durante toda a vida, nos enchem de trabalho e gentilezas, estão sempre prontos e atenciosos para nos amparar nas urgências e nas necessidades e nós temos o dever de manifestar a eles nossa gratidão.

Garanto que isso acontece com todos os meus leitores, pena que eles não possuem uma coluna para agradecer aos que os servem.

Mas não é difícil agradecer por outros gestos e palavras.

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