Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 3 de maio de 2008
04 de maio de 2008
N° 15591 - David Coimbra
O Rei da Baliza
Aprendi a dirigir com 42 anos. A nadar, com 45. Não tinha medo de dirigir, nem nada. Só não tirava carteira por, sei lá, contingências.
Uma época, faltava-me dinheiro para comprar carro. Quando a situação melhorou, pensei: quem sabe dou uma guiada por aí? Entrei numa auto-escola. Só que, cara, o professor não gostava de mim. Irritava-se com minha ignorância automobilística. Xingava-me:
- Já te disse: a caixa de câmbio é nossa amiguinha!!!
Eu ficava sestroso com aquilo, desconfiava seriamente da caixa de câmbio. Mas segui em frente com as aulas. Até que, certa noite, ocorreu uma tragédia.
Acabei com uma vida.
Estava em Criciúma, bebendo com os amigos. Eram duas da madrugada. Chovia. Na hora de voltar para casa, resolvi assumir a direção do Fusca da minha namorada de então.
Uma Fusqueta meia-oito. Ela morava na parte detrás de um morro. Rodei morro acima, até ali tudo bem. Ao descer o morro, porém, tive que fazer não uma, nem duas, mas TRÊS curvas simultâneas. Foi demais para minha habilidade automotora.
O Fusca seguiu reto feito a virtude rumo a uma casa guarnecida por um portãozinho de ferro, com o quintal cerca de metro e meio abaixo do nível da calçada. Ó, Cristo. Botei abaixo o portãozinho e aterrissei sobre uma arvorezinha. Foi essa arvorezinha que morreu completamente devido ao atropelamento.
Um trauma.
Depois daquela experiência, desisti de guiar. Resolvi que só tomaria novas aulas de direção se tivesse certeza de que não beberia antes de pegar o volante, e quando encontrasse um professor que tivesse mais paciência.
Condições atendidas mais tarde. Aos 42 anos, concluí estar maduro o suficiente para não misturar bebida com direção e, para completar, encontrei o professor Fabrício, que me ensinou a ser o Rei da Baliza, que é o que sou. Hoje estou aí, rodando pelas ruas. Um ás sobre quatro rodas.
A mesma coisa para nadar. Minha primeira professora, o que eu gostava dela era que um dia ela me disse:
- Tu tens um bom movimento de pernas.
Elogio bacana. Gostava disso, de ser bom no movimento de pernas. Mas, na prática, não sabia nadar. Por algum motivo, afundava. Até que agora, neste ano, resolvi nadar. Fui ao Clube do Comércio e me atirei na água como se fosse um boto. Um dia, quase me afoguei no lado da piscina que não dá pé.
Engoli dezenas de litros de água com cloro durante semanas, o que foi ótimo para matar meus micróbios. Não pego mais gripe. Hoje, graças aos esforços heróicos do professor Fábio, faço inacreditáveis 1.800 metros numa única hora! Podem me chamar de Namor, o Príncipe Submarino.
Isso eu, que tenho problemas de coordenação motora. Por exemplo, não sei dar tope. Manja tope? Laço de cadarço? Pois é. O tope clássico jamais aprendi a dar. Uma frustração.
Se houver um professor de tope competente, tipo o Fábio na natação ou o Fabrício na direção, quem sabe aprendo. Por enquanto, vou me virando com o nó duplo invertido que dou nos cadarços. Não é muito elegante, mas funciona.
Mas, como ia dizendo, se eu, canhestro do jeito que sou, aprendi a dirigir com 42 anos e a nadar com 45, por que um centroavante como esse Mendes, do Juventude, não será a sensação do Campeonato Brasileiro aos 32 anos? Aposto nele como um dos destaques do futebol brasileiro no segundo semestre, na primeira ou na segunda divisão. Trinta e dois anos, no século 21, é idade de franguinho.
Coreanos banidos
Quando acabaram com a Coréia no Beira-Rio, fui a favor. O povo merece conforto, dizia.
Ingenuidade minha.
Sem a Coréia, o que acabou não foi o desconforto: foram os coreanos. Os estádios gaúchos já são ocupados quase que apenas por sócios. Bom para os clubes?
Talvez. Mas aquele coreano que pagava dois reais para assistir a um joguinho, aquele está banido do estádio. Aquele não tem futebol nem pela TV, porque o jogo do seu time só vem pelo peipervil. Para o antigo coreano, coitado, só sobrou o velho radinho.
Vantagens na final
As vantagens do Inter para essa final são óbvias e poderosas: o time do Inter é melhor e o banco do Inter é melhor, o Inter joga em casa, seus jogadores conhecem o campo e a torcida os apoiará.
As vantagens do Juventude, uma é óbvia: a vitória obtida em Caxias. Outra, nem tanto: seu treinador. Zetti é inteligente e armou sua equipe de forma racional e lógica.
A terceira: o Juventude tem centroavante. Time com centroavante é sempre um time perto do especial.
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