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terça-feira, 20 de maio de 2008
ELIANE CANTANHÊDE
Calamidade
BRASÍLIA - Morreram quase 80 mil pessoas no ciclone na distante e desconhecida Mianmar, na Ásia. E podem chegar a 50 mil os mortos num terremoto na China.
Além disso, nunca se sabe quantos estão à míngua e poderão morrer pelo mundo afora por falta de alimentos e por falta de dinheiro para comprar alimentos, remédios, educação, dignidade.
O pior de todas as tragédias, porém, não são as calamidades nem mesmo a falta de planejamento e de diligência dos governos. O pior mesmo é como o autoritarismo ainda grassa em todos os continentes e afeta ainda mais drasticamente os mais pobres e necessitados.
Em Mianmar, antiga Birmânia, por exemplo, o cidadão foi atingido não por um, mas, sim, por duas grandes tragédias. Uma, da natureza, incontrolável. A outra, da junta militar extemporânea, que poderia ser só ridícula, não fosse assassina.
Sim, por que como se poderia chamar um governo que impede que seus cidadãos, debaixo da calamidade, recebam ajuda humanitária externa? Que tipo de princípios, ou de ideologias, pode justificar uma barbaridade dessas?
Está na hora, também, de o mundo voltar seus olhos para o Irã, onde os EUA cismam em vislumbrar armas atômicas, mas o problema é outro.
As armas podem ser atômicas ou atomizadas como as que justificaram George W. Bush invadir o Iraque. Mas os fatos são outros: o que eles estão fazendo por lá com suas minorias religiosas.
Na semana passada, o governo iraniano prendeu mais um punhado de líderes Bahai-i, e, lá, quando líderes religiosos são presos, eles simplesmente desaparecem.
A ONU, comandada pela grande potência e desautorizada por ela na invasão à revelia do Iraque, precisa seriamente ser reformulada.
Ingerências internas são sempre perigosas, mas deixar milhões de cidadãos à mercê de malucos e assassinos em nome da não-ingerência é lavar as mãos para o caos.
elianec@uol.com.br
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