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sexta-feira, 23 de maio de 2008
23 de maio de 2008
N° 15610 Paulo Sant'ana
Um deputado vencido
O deputado estadual Marquinho Lang (Democratas) foi o único integrante da Comissão de Justiça da Assembléia Legislativa que votou contra o projeto de lei 107/2007, que proibiu o consumo de cerveja nos estádios de futebol profissional e ginásios do Rio Grande do Sul. Os 11 deputados restantes votaram a favor da proibição.
Restou o projeto sendo aprovado no ano passado por 29 votos a favor e 17 contrários. Salvaram-se os estádios de futebol amador, graças à mobilização dos esportistas das regiões dos vales do Taquari e do Rio Pardo.
Terça-feira passada, o deputado Marquinho Lang fez um discurso da tribuna citando o que esta coluna escreveu sobre o assunto: "Trago aqui a coluna de hoje do jornalista Paulo SantAna, do jornal Zero Hora, que aborda a questão do respeito aos direitos individuais e das muitas proibições que violam esses direitos.
E destaco algumas das palavras de Paulo SantAna: Sempre me interessou - ou me intrigou - o direito que o Estado tem de intervir na liberdade individual dos cidadãos.
Ou até onde vai esse direito. Esse enfoque me levou a pensar muito, domingo passado, sobre essa proibição das cervejas nos estádios de futebol.
Eu assisti, com meus olhos, no domingo, às multidões de jovens bebendo avidamente nos bares do entorno do Estádio Olímpico.
Como o colunista destacou, os jovens bebiam como nunca, até porque, dentro do estádio, pelas regras do Campeonato Brasileiro de Futebol, é proibida a venda e o consumo de bebidas alcoólicas. Levantei essa questão nesta Assembléia e venho debatendo sobre a questão dos direitos individuais há algum tempo.
Defendo o respeito à liberdade de escolha e de expressão das pessoas. Volto à coluna de Paulo SantAna: Futebol é uma festa. É uma diversão das raras que ainda restam. É permitido ao Estado, numa festa, num domingo, um dia de folga, impedir que o cidadão possa, com sua família, ver o jogo de futebol com tranqüilidade, tomando sua cerveja?.
O jornalista aborda o assunto porque, durante os mais de 50 anos em que assistiu ao futebol, havia torcedores que, por incrível que pareça, durante os 90 minutos da partida, não saíam das copas, dentro dos estádios. Iam ao jogo apenas com a intenção de manter contato com outros torcedores: Ou seja, iam para os estádios para beber e para conversar.
Queriam apenas estar participando do clima do jogo. Participando do evento e da energia que se desprendia dele. E continua Paulo SantAna: O certo é que, sem o consumo de álcool nos estádios, os torcedores estão bebendo nos bares do entorno e já ingressam embriagados nos jogos.
Debatemos várias vezes aqui sobre as proibições e o colunista refere-se às restrições: Proibiram de beber cerveja nas lojas de conveniência e nos postos de gasolina.
Agora proíbem nos estádios de futebol. Há uma ânsia do poder público ou de quem o represente para se atirar a uma escalada de proibições.
Numa cidade da Califórnia, EUA, proibiram os cidadãos de fumar dentro de casa, a menos que os dois vizinhos do lado o permitam. Pode o poder público restringir a liberdade individual a ponto de invadir a privacidade doméstica? Isso vai numa escalada!.
Isso é o que diz o colunista Paulo SantAna e quis fazer essa referência porque muitas vezes temos a proibição à individualidade e sempre digo que quem cumpre as regras, as leis, é o cidadão de bem.
O cidadão mal-intencionado não está muito preocupado se vai infringir, se vai transpor mais uma lei no seu dia-a-dia.
Trago sempre essas questões e quero expor minha forma de pensar em relação à individualidade, que deve sempre ser valorizada. Aquele indivíduo que se exceder deve, sim, ser punido dentro daquilo que está proposto em nosso código penal. Que sirva sempre de lição.
Quero aqui fazer uma homenagem ao colunista Paulo SantAna por ter se preocupado em revelar para a sociedade exatamente o que está acontecendo e não aquilo que nós vemos e muitas vezes no dia-a-dia percebemos de uma forma diferente de comunicação.
E o colunista está expondo exatamente o que vem acontecendo", finalizou o deputado Marquinho Lang.
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