sábado, 6 de fevereiro de 2021


05 DE FEVEREIRO DE 2021
INFORME ESPECIAL

CCJ não é lugar para radicalismo

Moderação, equilíbrio e capacidade de articulação são alguns dos requisitos esperados para um indicado para assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) não tem nenhum destes atributos. É inapropriado o comando da CCJ ficar nas mãos de um parlamentar de postura radical - de esquerda ou de direita.

Bia Kicis é da ala bolsonarista raiz. Legitimamente, representa uma fatia da sociedade no Congresso. Mas demonstra comportamento incompatível com a tarefa de presidir a comissão.

Foi a quarta colocada em um ranking sobre os congressistas que mais espalharam desinformação sobre a covid-19 em 2020, elaborado pela agência de checagem Aos Fatos. É investigada por participação em atos antidemocráticos que pediam o fechamento do STF e do Congresso. Xingou com palavras de baixo calão o ex-ministro do STF Celso de Mello. Usou máscara com a inscrição "E daí?", demonstrando desrespeito às vítimas do novo coronavírus e seus familiares. A lista de excentricidades e de falta de discernimento sobre o que é real ou falso é longa.

A deputada passa longe de qualquer postura de equilíbrio e moderação. Até o centrão começa a mostrar constrangimento com a indicação.

Cuidados redobrados

O megavazamento de dados de mais de 220 milhões de brasileiros mostra que é necessário redobrar os cuidados para não cair em golpes. Especialista em Direito Digital, o advogado Luiz Paulo Germano, do escritório Medeiros, Santos & Caprara, tem algumas dicas sobre como é possível se proteger:

- Se receber uma ligação de uma suposta empresa, peça o protocolo e entre em contato por um número de telefone oficial, informando o número para retomar o atendimento.

- Se for por e-mail, verifique atentamente o endereço do remetente.

- Use a verificação em duas etapas em todos os serviços, como e-mails e redes sociais.

- Jamais passe códigos de verificação para terceiros.

- Ative as notificações de novos logins, compras e transações em apps.

Do bem

O Programa Troco Amigo da Panvel Farmácias arrecadou em 2020 R$ 2.653.445,35. O valor superou em 40% as doações de 2019 e irá beneficiar 91 hospitais do RS, SC e PR. Por conta da pandemia, uma edição especial da campanha, o Troco Amigo - Covid-19, arrecadou valores pela internet e teve repasse imediato de R$ 1 milhão feito pela própria empresa. A quantia já foi distribuída no ano passado para hospitais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Já os recursos arrecadados em lojas serão entregues às instituições a partir da próxima semana, começando pelo Hospital de Pronto Socorro e a Santa Casa de Porto Alegre.

A ABF Developments lança o Bloco da Solidariedade, em alusão ao Carnaval, para ajudar o Asilo Padre Cacique. A incorporadora será ponto de coleta para arrecadar itens necessários para a casa beneficente da terceira idade. As doações podem ser feitas até o dia 17 de fevereiro, na Rua Carlos Uber, 173, no bairro Três Figueiras. Além de fraldas descartáveis, papel higiênico e produtos e acessórios de higiene, também serão aceitas contribuições em dinheiro com depósito diretamente na conta corrente do asilo.

Capacitação

O Senac EAD está com inscrições até 11 de fevereiro para cursos técnicos a distância oferecidos por meio do Programa Senac de Gratuidade. No RS são 264 vagas nos municípios de Erechim, Santa Rosa, Camaquã, Canoas, Carazinho, Gramado, Santa Cruz, Bento Gonçalves, Farroupilha, Montenegro e Taquara. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas somente pela internet, no site https://www.ead.senac.br/gratuito. As aulas iniciam em 15 de março.

Nos ônibus, nada será como antes

Doutor em Transportes, João Fortini Albano só vê uma alternativa imediata para o impasse no transporte coletivo urbano de Porto Alegre:

- A curto prazo, a prefeitura deverá negociar uma solução com as operadoras que evite o aumento previsto da tarifa - diz.

A médio e longo prazos, será preciso uma grande reformulação no transporte por ônibus, modernizando a legislação e os contratos.

- A tarifa não pode ser mais a única fonte de financiamento. Os recursos deverão ser buscados em outras fontes - adverte Albano, coordenador da Comissão de Transportes da Sociedade de Engenharia do RS.

De imediato, além de achar que as tratativas devem ser rápidas, prevê:

- Acho difícil solução diferente do que a injeção de recursos públicos para o reequilíbrio financeiro inicial do sistema.

CAIO CIGANA - INTERINO

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