07 de janeiro de 2013 |
N° 17305
NAUFRÁGIO EM SC
Desespero no mar
Bote com 20 passageiros, entre
eles sete gaúchos, naufraga em Santa Catarina
Um programa de sábado em Palhoça
(SC) não será apagado da memória de 20 turistas, entre eles sete gaúchos. A
embarcação em que estavam sofreu um acidente e o grupo terminou o dia agarrado
a uma boia imensa que servia de tábua de salvação.
Raquel Schefer, 36 anos, fez
tanta força que no dia seguinte mal conseguia mexer os braços. Ela diz que foi
tanto desespero que não lembra de todos os detalhes. Não sabe como foi parar
junto à parte inflável do barco.
Lembra da imagem anterior a do
grito “todos para o meio do barco”. Na parte de trás da embarcação, não
conseguiu atender o pedido. No momento seguinte, estava no meio do mar, a um
quilômetro da terra firme. Desesperador para quem não sabe nadar, mesmo que
esteja de colete salva-vidas. Ela não estava sozinha na água – o marido Pedro
Schefer Junior, 39 anos, e o filho Pedro, oito anos.
Dois tripulantes tentavam acalmar
os 20 passageiros que estavam no mar quando a parte inflável que sustenta a
estrutura se descolou da parte da frente do bote. A água estava fria, a cerca
de 22ºC, e o vento Nordeste aumentava a sensação de frio. O celular de um
passageiro foi usado para ligar para a base da empresa avisando sobre o
acidente. Durante os 45 minutos de tensão, foi possível ouvir choro, gemidos e
oração.
A ondulação estava a meio metro
no local onde a profundidade chega a 30 metros. O salva-vidas Moacir Roberto
Ferreira lembra que ao chegar, o motor e o convés estavam dentro do mar. Só
restou a parte da câmera (boia) onde os passageiros estavam se segurando.
Uma frota de motos aquáticas
apareceu logo depois dos botes dos socorristas. O comboio da salvação era
formado por 18 pilotos que seguiram com os passageiros para a Ponta do
Papagaio. Na praia, os moradores locais trataram as pessoas da melhor forma
possível. Enquanto recebiam os cuidados médicos, as 22 pessoas eram enroladas
em toalhas e ganhavam água.
O incidente está sendo investigado
pela Capitania dos Portos e têm prazo de 90 dias para concluir o inquérito.
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