07 de janeiro de 2013 |
N° 17305
KLEDIR RAMIL
Ano-Novo
Apesar das previsões, o mundo não
acabou em dezembro. Eu estou considerando isso um baita presente, pra todos
nós. Estamos ganhando de volta o que já estávamos dando como perdido, o planeta
Terra e a História da humanidade.
Nós, os bilhões de seres humanos
que giramos pelo espaço a bordo deste planeta simpático e agradável, temos feito
muita besteira, mas também temos produzido obras extraordinárias como a Muralha
da China, o iPhone, a Nona Sinfonia e a Giselle Bündchen.
Faço parte daquele grupo de
malucos que acorda todas as manhãs e agradece a Deus por poder desfrutar desta
maravilha. Sou um apaixonado pelo sol, pelo oxigênio, pelo mar. Adoro as
pessoas e os animais. As árvores, as flores, as frutas e os legumes. Com
exceção do jiló.
Sim, eu sei que os orientais
dizem que tudo isso é Maya, ilusão. Tudo bem, enquanto não consigo me livrar da
ignorância e fazer consciência do que é eterno em mim, vou aproveitando essa
ilusão passageira que, segundo ouvi falar, seria a manifestação artística de
algum Pensamento Inteligente. Faz sentido.
Eu andava triste com essa notícia
de que o mundo ia acabar. Já pensou, toda essa obra de arte jogada no lixo? E
logo agora que eu estava aprendendo a mexer no Facebook?
A leitura que fizeram da previsão
dos Maias foi equivocada. Então, o que passa a valer agora é a previsão de que
estamos entrando em uma nova era de luz e sabedoria. E dessa vez, torço para
que esteja certa.
Em 1938, Assis Valente compôs E o
Mundo Não se Acabou, um samba genial, eternizado na voz de Carmen Miranda. A
letra da música conta a história de um personagem que, na iminência de ver
chegar o final dos tempos, enfia o pé na jaca e depois é surpreendido com o
fato de que a previsão não se confirma.
A canção me alertou para essa
possibilidade e mantive meu comportamento em marcha lenta. Sóbrio e prudente.
Me dei bem. Tenho um amigo que se endividou, outro “beijou na boca de quem não
devia”. Passado o tumulto, terão que prestar contas de seus atos. Pra Deus e
pro Joaquim Barbosa.
Acredito que você deve ter se
comportado direito, como eu. E recebeu como um presente a notícia de que tudo
não passou de um falso alarme. Portanto, parabéns.
Feliz Ano-Novo e Carpe Diem,
aproveite o momento.
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