quinta-feira, 3 de janeiro de 2013



03 de janeiro de 2013 | N° 17301
DISCUSSÃO NO BLOG

Artigos sobre fim de prédio geram polêmica

O blog do ZH Moinhos recebeu dezenas de manifestações de leitores sobre a demolição do prédio que ficava na esquina da Comendador Caminha com a Mostardeiro. A reportagem foi publicada na página 5 da edição passada. Confira trechos dos e-mails:

“Achei lamentável a opinião publicada pelo escritor Carlos Augusto Bissón na edição do ZH Moinhos de 27 de dezembro. É um posicionamento completamente elitista e segregacionista do qual sinto vergonha de ter lido. Defender a ‘renovação’ do Moinhos de Vento em prol da defesa de uma ‘Classe A’ que, segundo suas palavras nos dão a entender, está em risco, é algo que vai contra qualquer pensamento em prol de um uso democrático da cidade. Sugiro a ele e a todos os que acompanham o jornal a leitura do livro Morte e Vida das Grandes Cidades, da escritora norte-americana Jane Jacobs.

É um livro de fácil leitura que ajudará a todos a compreender um pouco sobre a importância da diversidade de usos e da diversidade de tipologias e idades das edificações para que nossas cidades sejam cada vez mais vivas e seguras.

Em tempo, não concordo que o envelhecimento da população da região seja negativo e esteja prejudicando o investimento e a dinâmica do bairro. Pelo contrário, sabe-se que há planos de ampliação do Moinhos Shopping, o Parcão continua sendo frequentado por jovens, adultos, idosos e crianças como sempre foi. Será que a diminuição da população não é justificada exatamente pela substituição de prédios residenciais por edifícios corporativos? ”

Alfredo Luvison, morador do bairro Floresta e frequentador do bairro Moinhos de Vento

“O movimento Moinhos Vive está de acordo com as ideias dispostas pelo artigo de Lucas Volpatto, que conseguiu, de forma brilhante, sintetizar as ideias de que a preservação de prédios históricos e de valor cultural não significa um entrave ao progresso, porque o mesmo não pode ser atrelado à demolição que vinha ocorrendo na região tirando os vestígios e a memória de uma comunidade.

Fazem construções que podem trazer um conglomerado maior de pessoas, que podem gerar movimentação econômica, mas em detrimento da qualidade de vida do bairro. Basta procurar grandes centros europeus e americanos para ver como eles são rigorosos no resgate da história dessas cidades, inclusive, algumas foram meticulosamente reconstruídas após a II Guerra Mundial. Não há ressentimento social ou falta de visão por parte do Moinhos Vive.”

Raul Agostini, presidente do movimento Moinhos Vive

“Nossa preocupação é que a cidade tenha mais lugares em vez de espaços. Lugar é onde se vive, onde as coisas acontecem. Tem fato, tem ato, tem cheiro. Espaço é uma referência de medida apenas. Transformar espaços em lugares é o desafio para uma cidade mais acolhedora, mais humanizada e de melhor qualidade de vida.”

Marta Dueñas, moradora da Rua 7 de Abril, bairro floresta

“Sensibilização para a arte e arquitetura. Outros países atraem turistas por manterem sua história, apesar do crescimento.”

Vera Behs, moradora do bairro Santana

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