03
de janeiro de 2013 | N° 17301
FILTRO
NA REDE
Usuário deve alterar programas de
e-mail
Provedores
fazem mudança para barrar envio de mensagens indevidas
Na
tentativa de tirar o Brasil da lista dos países com maior número de spams
gerados na internet, um acordo mudou a configuração de envio de e-mails. Para
se adaptar, usuários que utilizam programas de leitores em redes domésticas – como
Outlook Express e Thunderbird – devem fazer uma pequena alteração no computador.
Usuários
que leem e enviam e-mails no site do seu provedor (via webmail) não precisam
trocar nenhuma configuração. Os internautas que utilizam leitores instalados no
computador devem trocar a porta de envio de mensagens de 25, usada para enviar
spam por programas maliciosos, para 587 ou 465 – mudando as configurações no próprio
programa. Essa alteração é necessária para que o usuário continue a mandar e-mails
normalmente.
– O
ideal é que o usuário entre em contato com o provedor de e-mail antes de fazer
a mudança. A maioria dos provedores usa a porta 587, mas o Gmail, por exemplo,
usa a 465 – explica Eduardo Parajo, diretor-presidente da Associação Brasileira
de Internet (Abranet) e conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Conforme
Parajo, a mudança foi planejada em 2005 pelo alto número de máquinas no país
infectadas por códigos maliciosos que enviam mensagens não solicitadas – sem o
usuário sequer ter conhecimento. O Brasil é o quarto país em número de
computadores invadidos, ficando atrás apenas de Índia, Vietnã e Paquistão. Spammers
usam as máquinas para enviar mensagens indevidas.
Além
de aumentar a segurança da rede brasileira, o combate ao envio de spam,
conforme Parajo, irá melhorar a capacidade das empresas locais em prover acesso
à internet. Com a maior parte dos provedores já adaptada à mudança, a
expectativa agora é mobilizar cerca de 10 milhões de usuários de leitores de e-mail
que ainda não trocaram a configuração.
– Cerca
de 20% dos usuários ainda estão desalinhados à mudança. Caso não façam a alteração,
já podem estar enfrentando dificuldades em encaminhar e-mails – afirma Parajo.
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