09 de dezembro de 2012 |
N° 17278
PAULO SANT’ANA
O que eu acho de Deus
Esses dias, escrevi uma coluna em
que dizia que ultimamente tenho conversado com Deus.
Quero explicar aos meus leitores
que a compreensão que tenho de Deus não é a daquele ancião de barbas hirsutas
(pelos longos, duros e espessos), o Jeová das Sagradas Escrituras.
A ideia que tenho de Deus é de
que ele é uma massa fluídica que paira sobre o universo e de alguma forma
controla e comanda todos os fenômenos naturais, incluindo neles o funcionamento
da raça humana.
Segundo penso, tudo é originado
em Deus e as injustiças que há sobre a Terra pertencem aos enigmas divinos a
que nenhum humano tem acesso. Podem ser pertinentes a um estranho código de
castigos e pragas que a divindade derruba sobre os seres.
A conversa minha com Deus que
descrevi naquela coluna é sobre um relativo entendimento que tenho com ele: ele
me designa alguns severos sofrimentos que no entanto são suportáveis. Deus
nunca me castigou de forma a que eu não pudesse suportar.
E frequentemente me premia com
benesses tão grandes, que meu coração parece que vai explodir com tanto
contentamento.
Deus é um bom parceiro que tenho.
Ele até agora tem-me concedido favores que não concede a tanta outra gente.
Eu me entendo com ele. Às vezes,
temos rusgas, mas nada que possa afetar nosso relacionamento a ponto de uma
ruptura.
Esqueci-me ontem de citar um novo
e prometedor colunista de Zero Hora: Celso Gutfreind. Ele escreveu
segunda-feira passada sobre o risco divisório entre as duas nádegas, imagino
que ele ache que ali é a Faixa de Gaza, quem conseguir passar por aquela
fronteira atinge o paraíso de Jerusalém.
Eu já tinha começado a gastar por
conta quando a presidente Dilma prometeu que a conta de luz iria sair 20% mais
barata.
Parece que não vai ser bem assim,
chegaremos a 16% de desconto, mas nós, consumidores, vamos dormir com o remorso
de que esse abatimento pode significar um apagão na energia em todo o país.
Pobre, quando ganha uma esmola,
passa a ser responsabilizado por um desastre.
Um banco me deu cinco cartões de
crédito e débito. Mas nenhum deles funciona, ora a senha não confere, ora
aparece no aparelhinho a inscrição: “Débito não autorizado”. Tenho passado
vergonha em algumas lojas em que compro, depois de tudo empacotado, vêm me
dizer que o cartão não aceitou as despesas.
Eu sou um completo idiota em
negociações eletrônicas. Ou então me esqueci de colocar fundo nas contas dos
cartões, mas, se foi isso, por que então que me concederam os cartões?
Há uma coisa que não consigo entender:
são essas pessoas que comem nas saladas as cenouras e as beterrabas raladas.
Por que é que ralam? Melhor seria
passá-las no liquidificador.
Eu só compreendo cenoura e
beterraba, por sinal as adoro, que eu possa morder para saborear.
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