Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
06 de dezembro de 2007
N° 15440 - Paulo Sant'ana
Eu
Disseram-me que ontem o escritor e jornalista Moacyr Scliar deu uma palestra para 200 jornalistas de Zero Hora, na Redação.
O centro ideológico-normativo de sua palestra foi de que jamais um jornalista pode colocar num texto a palavra "eu".
Quero informar que recebi esta observação-mandamento como uma severa crítica à minha pessoa.
Vinda de um imortal e feita pelas costas, considerei esta censura arrasadora.
Sinto ímpetos de pedir demissão.
O jornal Diário Gaúcho, o mais próspero e fulgurantemente emergente dos veículos do Grupo RBS, proporcionalmente ao tamanho do seu empreendimento, além de todos os seus dons e lavores, restituiu ao povo gaúcho o agradável hábito de comprar jornais em bancas e com os jornaleiros, que havia se reduzido muito com o confortável sistema de assinaturas adotado pela maioria dos jornais.
Escrevi anteontem uma coluna sob o título "Os doces de Pelotas". E arrolei inúmeros doces que se incorporaram ao gene do meu paladar e equipamento gustativo desde minha tenra infância.
Desde que a coluna foi bater nos lares gaúchos até agora, já chegaram aqui na Zero Hora 46 motoboys trazendo-me doces de presente.
Um dos motoboys tropeçou na escadaria de ZH, terceiro andar, caindo e esparramando-se os doces por todos os lados, houve calda de papo-de-anjo que escorreu pelos degraus até o térreo.
Alguns dos pacotes de doces foram parar no refrigerador do bar da Redação, os não-perecíveis ficaram aqui mesmo na sala em que trabalho.
Duas espécies de doces me deixaram excitado, há muito tempo não os comia: de goiaba e de laranja, os dois com calda.
Um rapadurinha especialmente me seduziu: de coco e leite misturados. O doce de melancia foi o primeiro que chegou e foi-me presenciado pela colega Vera Ramos, do comercial de ZH.
Depois foram chegando as outras catadupas de doces, em cestos, isopores, pacotes, engradados, bandejas etc. Eram tantos e tão variados, que tive impulso de recusá-los, mas não seria gentil.
Estão aqui numa prateleira, os que não foram para a refrigeração. São belos, são apetitosos, muitos são diet, outros são de açúcar mesmo, o açúcar que é filho legítimo das canas, o demolidor de glicemias.
Se eu não os distribuir entre as pessoas de minha relação, significarão, mediante meu diabetes, uma sentença de morte: quem me dera morrer assim afogado neste imenso prazer!
O prefeito de Pelotas, Adolfo Antônio Fetter Junior, me mandou um bilhete: "Caro SantAna. Não tendo encontrado os doces que aventaste em tua coluna, envio-te algumas sobremesas com ingredientes que compõem os tradicionais doces de Pelotas. Todas diet. Um abraço".
E, entre tantas gentilezas, ressalto a de uma senhora que faz doces para vendê-los em telentrega, fá-los em seu apartamento durante o dia, à noite trabalha como babá, vejam que mulher lutadora!
Os Doces Caseiros de Vó Enedi, é a marca, telefone 3225-4085, Porto Alegre. Recomendo, doces de todos os tipos, deliciosíssimos e a preços confortabilíssimos.
Com que carinhos me enviaram minha montanha de doces. Como é bom viver assim cercado de gente que gosta da gente.
Um beijo no coração de todos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário