sábado, 29 de dezembro de 2007



29 de dezembro de 2007
N° 15463 - Paulo Sant'ana


O gordo do ano

O Luciano Périco é um repórter da Rádio Gaúcha que ficou famoso por entrevistar as torcidas do Grêmio e do Inter nas arquibancadas.

Ele mede 2m5cm e pesa 185 quilos. Um homenzarrão. Interessante é que chamam-no de Lucianinho.

O que me interessa no Lucianinho é, no entanto, além da simpatia do seu coração, o que ele come. As toneladas de alimentos que ele ingere.

Ele come cachorro-quente como se engole aspirina, ou seja, o cachorro-quente passa pela garganta dele como se fosse um comprimido, quer dizer, ele joga um cachorro-quente para o estômago sem mastigar.

E para cada cachorro-quente que ingere, são cerca de 30 por dia, ele bebe um litro de Coca-Cola.

O Lucianinho, quando entra num restaurante de rodízio de pizzas, em seguida à sua entrada no estabelecimento o dono manda cerrar as portas, por esgotamento de estoque.

Nunca o Lucianinho freqüentou restaurante de comida a quilo. Porque ele entraria em falência pessoal se o fizesse.

Ele leva, para comer sozinho um peru de Natal inteiro, o mesmo tempo que uma pessoa normal leva para comer uma cebola assada.

Sanduíche de baguete para ele é uma hóstia. Ele foi à casa de um amigo onde iam servir um cabrito assado para 15 convidados: acabou o Lucianinho devorando o cabrito inteiro e os convidados tiveram de se contentar em dividir a salada.

Esses dias, no Natal, numa das oito refeições diárias que ele faz, trouxeram-lhe um chester inteiro assado. Ele olhou para aquele enorme animal na bandeja e disse: "Tirem isto daqui. Não gosto de perdiz".

O Luciano Périco come a vaca e sai correndo atrás do terneiro. Sua fome por sobremesas é lendária. Ele põe 15 quindins no liquidificador, mistura leite e toma como batida.

O bolo de aniversário dele, que ele comeu sozinho em duas horas, teve de ser cortado com uma pá.

Quando o Lucianinho chega no cachorro-quente do Rosário e o atendente pergunta se é com uma ou duas salsichas, ele responde: "Crava oito salsichas no primeiro".

Ele já leva um enorme babeiro instalado em volta do seu pescoço quando se aproxima do cachorro-quente do Rosário.

Sagu com creme, o Lucianinho devora, feito por sua cozinheira, uma lata dessas de querosene inteira. Num churrasco, para o Lucianinho, ele come 18 tripas de salsichão como tira-gosto.

O Lucianinho vive também, no intervalo das refeições, de beliscar alimentos. O apelido dele, em razão disso, passou a ser "cachorro de açougueiro".

Sabem como é, o cachorro de açougueiro fica embaixo do balcão, o açougueiro desbasta a carne dos sebos, dos nervos e dos tendões e atira os pedaços que sobram para o cachorro. Nunca se viu um cachorro de açougueiro magro.

O Lucianinho, em matéria de comestíveis, é sempre o "petiço encilhado", "a bola da vez", não recusa salgadinho, nem frutas, nem doces, nada, o que passar ele traça.

A barriga dele é apelidada de "cemitério de galetos".

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